quarta-feira, 11 de julho de 2007

DIFÍCIL DE CONCRETIZAR

Foi a intervenção tantas vezes necessária, para te falar do outro mundo, do outro lugar, um pouco mais profundo o meu sentir, ainda que tudo o que houvera escrito não tivesse mais cabimento. Esta minha vontade enganou todo o meu ser, fez-me esquecer, lembrando os nomes que houver registado um dia. Apenas saídas do imaginário, em beijos que se cruzaram, sem que nunca tivessem realidade. A minha realidade ficou deformada desde o dia dos encantos, enquanto os nomes de mérito se distribuíram por outras plataformas. Interessante todo o percurso, as pessoas que se encontraram no caminho, olhar as que ficaram… as outras simplesmente foram lixo, princípio activo de inutilidade. Existem coisas e pessoas que não quero mais, tu nunca soubeste atribuir valor às situações que a realidade te disponibilizou, lançaste tudo fora e desapareceste da área circundante. Toda a palpitação foi uma fraude, uma marcha que o olhar fechou; ainda guardo a imagem dos teus olhos, a seiva do outro tempo, guardo-te como prémio de uma insónia, restando apenas duas sombras para o exorcismo dos anjos. Considerei que podias ser o meu anjo muito amado, mas não passaste de uma sensação momentânea, um reino de utopias que excitaram a minha libido de silêncio. Tudo, um nada inacabado, mas, se não fosses tu não escrevia isto…. Acredita, logo foste algo benéfico, mesmo no pulsar da tristeza. É a ti que te dedico as minhas palavras, com todo o seu peso.Este peregrinar de fronteiras tornou-se azedo mais imperfeito do que a água benta! Tudo o que sinto torna-se indizível, ainda que o meu coração continue a pulsar num outro ritmo. Estou cheio de ritmos e de uma ansiedade sem cor, com um aperto na garganta, como se não saísse mais daqui. Muitas são as expressões da mais pungente humanidade, as mensagens de amor… parecendo-me tudo tão difícil de concretizar.

28.07.20006 – 15:50h

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