quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

PARAGENS SEM COMPROMISSO

Uma paragem,
Um momento...
Frio, muito frio
Ainda sinto aquela aregem
O tempo está estio
Congelou-me o pensamento.


O tempo passou...
Pouco há a dizer!
A motivação parou
Fiquei longe, sem saber.


Não há nomes na rua
O céu ficou mais azul!
Lá em cima a lua
Lá em baixo o Sul.


Samuel Bastos Ventoso
Porto, 16 de Dezembro de 2010

domingo, 10 de outubro de 2010

LEMBRO AQUELES DIAS

Lembro, continuo a lembrar... tudo passa, tudo fica no silêncio mas não te vou apagar ou quem sabe um dia apagarei, como já fiz a tantos que passam pelo meu olhar. Eu cansei, não me apetece escrever, ficou o vazio, o nada... apesar de tudo tu continuas dentro de mim, com a alegria de todos os momentos, de todas as forças, mesmo aquelas que são tão estranhas. Tu eternamente tu, amor da minha alma. Escrevo estas palavras, mas será que tenho consciência absoluta do que estou a dizer? Talvez não, acho que mesmo tudo o que diga ou possa dizer não passa de um desabafo momentâneo. Bem, vou por outros caminhos arejar ideias porque isso me fará muito bem. Até um dia destes se tivermos oportunidades...


Samuel Bastos Ventoso
10 de Outubro de 2010

domingo, 18 de julho de 2010

DESCONTRAÇÃO

A vida é mesmo ingrata, anda tudo desencontrado. Escreves uma mensagem, essa... nada me diz, tudo já foi. Estou velho e cansado... Mas calma, sei que dias melhores vão surgir! Olha-me só para aquilo, o zezinho do pingo agora está com novos amigos e já nem liga à rua... pudera, os interesses são outros, mas deixa lá que um dia destes tudo acaba e depois vem bater cá à porta, não duvides. Falamos em tempo certo, depois os anos vão passando, todos ao mesmo tempo vão envelhecendo, quer queiram ou não, é mesmo assim. Deixa andar, porque está tudo escrito nas linhas da existência.

Samuel Bastos Ventoso

quinta-feira, 17 de junho de 2010

UM TOQUE APENAS

Um toque! Uma mensagem, simples, quase vazia... apenas isso, nada mais.
A ausência... a presença ou não. Saí, passei no cemitério, olhei, continuei a olhar, vi imensas caras, vi que ali era o fim de tudo. Senti-me estranho, ainda me sinto estranho. Santa paciência... o telemóvel não tocou mais e assim, lentamente vou-me desligando, desintegrando como tudo o que deixa de ser.

17.06.2010
Samuel Bastos Ventoso

sábado, 5 de junho de 2010

TRAÇOS DAQUELE DIA


O traço daquele dia ficou-me gravado para sempre. Os dias somaram-se, alguns amigos nunca mais disseram nada, sim, nunca mais disseram nada, arranjaram as mais diversas desculpas para ficar distantantes, foram para o sítio que eu próprio já nem sei ou se penso que sei, apenas estou enganado. Que dizer? Que fazer? Nada! Onde estão eles? Porque foram embora? Porque os estimei? Porque os coloquei no coração? Onde estão afinal? É triste! Mas ainda que seja triste, tudo isso não serve para nada e a relação entre os humanos é mesmo assim. De que servem todas as boas intenções? Não terás palavras para me consolar, não terás... um dia destes vou por aí, sem destino e não te direi mais nada e a rua continuará a ter o mesmo fluxo dos dias de sempre.
Que resta? Apenas traços daquele dia...

Samuel Bastos Ventoso
05 de Junho de 2010

terça-feira, 9 de março de 2010

UM DIA OU NOUTRO DIA


Um dia encontrei-te! Um dia fiquei contigo, nesse dia olhei-te, fiquei mais perto de ti... depois chorei. Voltei. Tornei a voltar e contigo a ficar. Que mais pude eu querer? Ficar contigo para sempre! Sempre.
O tempo passou. Passou. Por onde ficamos? Não ficámos. Perdemo-nos. Perdi-te. Fiquei triste... recuperei depois do choro. Um dia voltei a encontrar-te, foi a segunda vez. Foi. Depois? Depois deste-me um murro na alma. Chorei, mas contigo fiquei. Agora novamente encontrei-te por aí... tentei falar-te, disseste não. Mudei, usei um pseudónimo e voltei a falar contigo de modo diferente sem que soubesses quem eu era afinal. Vou continuar a falar... afastaste-te de mim, para passares o resto da tua vida infeliz. Que resta... adoro ler-te ainda que não saibas disso. Um dia tudo ficará no nada, no nada tão calmo. Quem sabe um dia ainda nos possamos olhar nos olhos. Quem sabe!

09.03.2010
Samuel Bastos Ventoso

sábado, 13 de fevereiro de 2010

ENTRE AS FORMAS DO CORPO

No teu corpo e olhar consegui guardar no meu interior tudo aquilo de que necesstava, agora resta a saudade, algo que executa uma nova postura...
Nas tuas palavras descubro outras, dilatam-se horizontes e maravilhas dissipam-se do sentir, das formas únicas que nos aproximam por tudo aquilo que não dizemos e o corpo deixa-se absorver pelo olhar, pelos contornos de um impulso que nada o fará parar, nada mesmo.

13.02.2010
Samuel Bastos Ventoso

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

MUDANÇAS E ANDANÇAS

Rua dos Nomes, o local do teu encontro, forças da positividade e dos momentos inesquecíveis... - Samuel Bastos Ventoso

Algum tempo passou,
Desejos dissiparam-se
A minha alma dançou
Olhares trocaram-se
E a minha rua também mudou.

Nesta paz aqui plantada
Desenho um outro rosto...
Transformei o antigo nada
Caminhei, estou bem disposto.

Mudanças, imensas chegaram!
O sol brilhou no meu ser...
As saudades terminaram...
Devagar, continuo a viver.

10.02.2010
Samuel Bastos Ventoso
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