sábado, 21 de julho de 2007

NOVA VISÃO VERSUS DESILUSÃO

Sempre a mesma história! Sempre, parece que nunca aprendo… continuo a acreditar nas pessoas, sempre nas erradas.
Parei um pedaço, vim ao café, sentei-me na esplanada, hoje um pedaço desiludido e a pensar naquilo que sou e a razão de ser assim. Não adianta nada! Sou assim, só que me sinto cansado e desta vez não vou tolerar nem mais um pedaço, nada mesmo. Detesto as pessoas que me usam e jogam fora quando se apercebem que gosto delas. Não sei porque gosto das pessoas, preferia não gostar e não querer mais nada. Hoje não vou mandar mensagem por iniciativa própria, entendo que se o fizer vou mostrar a importância dos outros, colocando-os por cima e destruindo o meu carácter. Será que ainda não aprendi? É necessário acordar e ver quem realmente me merece, apesar das dificuldades de situação.A vida tem os seus graus de vivência, os motivos pelos quais ficamos mais ou menos presos de acordo com a sensibilidade de cada qual.
Caminho para lá da vontade, não passo de um passado residente. A vontade mancha-me, desde aquele dia ficou para sempre e continuo a desconhecer esta maneira de ser. Vi-te poucas vezes, foste diferente, restando-me apenas memórias vagas, umas que se fixaram outras pairantes. Tudo para nada!Pronuncio nomes, entre essa mão-cheia, surges tu, tudo para nada… o nada é mais abrangente. Engano-me muito facilmente por pedaços do nada, em cada dia que passa, mesmo depois do sono e das aventuras do abraço.
A desilusão faz-me bem, permite-me ficar alheio, dar-me paz, tranquilidade… uma calma rumo à indiferença. É bom sentir-me assim, até respiro melhor o ar e faço outras coisas que desta forma não faria. A desilusão desfaz-me o lixo do sentimento, torna-me mais objectivo, mais lúcido, possibilitando-me negar certas coisas que só me roubariam tempo, tornando-me coisa de trazer por casa. Não posso ser um eu tipo coisa, uma posição marca a minha auto-estima.
Os tempos mudam e de modo algum sou um retrógrado, ainda que me chames de cota… abdico da alucinação dos sentidos.
As pessoas são sempre uma nova pessoa a conhecer, uma novidade cheia de engano. Hoje sinto-me livre, sem compromisso algum com ninguém, muito menos nutro sentimentos de paixão, ou qualquer outro tipo de afecto. Tudo parece-me muito mecânico.Tudo o que pensei sobre ti fora errado! Aquilo que é errado nem sempre se mostra da forma mais adequada… o fim é sempre um silêncio que reconheço.

09.06.2006 - 17:21h

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