sábado, 21 de julho de 2007

EPÍLOGO DA VERDADE

Paródia das formas
Movimentos do indecifrável
Leilão de palavras…
Florestas da filosofia
Prostitutos da linguagem.

Utilidade do dizer…
Talentos de lanço,
Ridícula cogitação…
Qualidade oculta,
Esta lenta transformação.

Sistema de pensamento
Libertação dos nomes
Palavras que inundam!
Ridículo, desejo que não deseja.

Ambição teórica, desmedida
Resultados práticos, escassos
Nada para nada… abraços,
Choques de evidências
Tradição sem sentido...
Apenas… ridículo do proibido.

Termos obsoletos…
Gíria incompreensível!
Linguagem coloquial,
Superioridade vã, indivisível.

Arrogância disparatada,
Palavra debaixo da túnica…
Lições sublimes de moral!
Pedante, pomposo, inútil…
Irreverente, hipócrita…
Egocêntrico a considerar
Ingrato no bom servir!
Distância que não se pode avalar.

Briosa argumentação, vazia!
Exibicionismo erudito…
Decantação da perplexidade,
Justa causa de abandono...
Falsa, manhosa essa amizade.

Nada desse pensamento,
Ideias… fórmula verbal
Linguagem ordinária…
Fingida curiosidade,
Meticulosa terminologia
Esse livro de acção, surda.

Artimanha infusa, ao olhar…
Auto-suficiência sem lugar
Formulação peremptória!
Definitiva pergunta sem resposta,
Esse pensar que não tem glória.

Epílogo da verdade...
Apens passagem, nada mais!
Lamento essa brutalidade
De vazio não tem realidade
Olho-te o pensar... JAMAIS.

03.06.2006 – 10:26h

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