sábado, 21 de julho de 2007

INTROSPECÇÃO - RECOLHIMENTO

Mais uma vez vim ao café, sentei-me na esplanada e olhei a quem por perto estava. De modo discreto o meu olhar fotografou, mas o meu pensamento estava direccionado! O dia muito quente, uma viagem proporcionada pela moleza do calor, talvez o carro que tenho não seja o melhor para estas viagens, penso adquirir um novo modelo, com todas as mariquices possíveis que a tecnologia possa proporcionar, uma autêntica bomba para a estrada. Gosto de fazer compras e creio que dentro de algum tempo a minha vida vai dar uma volta. Sempre gostei de tudo o que envolve tecnologias, carros, computadores, telemóveis e até os relógios… outras maquinetas também. São coisas indispensáveis para muita gente, mas considero que cada qual como do que gosta. As pessoas são muito diferentes e o relacionamento entre as mesmas nem sempre é fácil, poucos são os que se querem sujeitar ao comportamento do outro, deseja-se contudo ter o seu próprio espaço e a sua liberdade.
Daqui desta esplanada contemplo o horizonte, a lonjura que se funde no céu azul, rasgando os montes e as sinuosas curvas da paisagem do lado.No silêncio dos meus pensamentos encontro-te… sim, todos os dias me lembro de ti, basta começar a escrever, apesar da caligrafia enigmática. Sei que és uma boa pessoa, excepcional, pena me teres bloqueado no MSN, pena não reconheceres determinadas circunstâncias e outros valores. Não troques palavras como que sejam moedas, usa-as com bons modos! O processo é realmente dialéctico e a tensão constitui um duplo movimento, por vezes contraditório, esta é a fasquia de identidade, o que não pode ser definido. É por isso que gosto de ti, assim, apesar de me teres lançado no lixo! Creio que também já te jogaram fora muitas vezes, aguarda outras tantas, é mesmo assim. Vou aprendendo com as experiências. As pessoas são complicadas por natureza, mas, o verdadeiro amigo, passados os maus momentos e mesmo neles continua contigo, não te esquece, ainda que o espezinhes e ele se sinta muito magoado. Outras pessoas nada há a fazer!A natureza humana é estranha, está tomada de uma condição… muitas vezes diz-se aquilo que não se sabe, pensando-se que se sabe. Os limites estão sujeitos a uma extrema prudência e a tirania dos pontos de vista fazem a história da humanidade.
Hoje de tarde estive a ler mais um livro, também recebi um convite para ir à feira-do-livro a Lisboa, ao Parque Eduardo VII (sorriso… vamos ver!).Reparo que muitas pessoas possuem um carácter individualista e a ideia de justiça e sinceridade não é a mais adequada, ainda assim, não serve o reconhecimento. Chega de moralismos, o poder da razão serve interesses, fazendo-se valer medos parasitários.
As ideias possuem as suas associações, as ressonâncias, restando a subordinação das partes ao todo. É este jogo de funções, isto que a estrutura não pode regular.Incrível… o programa do fim-de-semana ficou sem efeito, por uma simples mensagem de telemóvel. Os telemóveis servem para alguma coisa… será mais uma desculpa? Engrenagem e dirigentes, não fosse um simples joguete de interesses. Episódios da vida! Diferenciação de elementos e tensão interior, a um recolhimento do próprio sistema biológico.
Vives, confundes as situações, bebes os apetites, os hábitos e o mundo continua a trair-te! Não me quiseste ouvir, apenas bebeste a vulgaridade, caminhando para o movimento de fuga. Eu fiquei, estou, continuo o aperfeiçoamento pessoal… eis a introspecção.

26.05.2006 - 21:46h

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