Ontem... sim, ontem! Foi ontem... uma tarde maravilhosa, depois de algumas gotas de chuva terem descido do céu... também fui ao céu. Uma conversa agradável, um café, uma troca de olhares e uma paz indescritível.
Esse gesto bonito, profundo, onde as palavras são as fontes do entendimento e neste espaço a manifestação, do que guardo, do sentimento. O movimento inclinou-me e tudo se tornou mais profundo a quando em encosto perfeito sobre ti. Docemente, no teu tacto, nos teus lábios, no teu ser, encontrei toda a verdade que em tantos anos me tinham escondido. Senti que contigo comecei a viver e sinto-me muito feliz por te ter conhecido.
Secreto o nó deste espasmo, na curva e no cume mais claro, quando fiquei de joelhos, quando fiquei ali e senti que tudo era total. Fomos a totalidade...
Jorraram dos espelhos, do teu corpo, os teus prazeres, nos meus e senti-te profundamente, na unicidade do ser! Foi a praia da memória, no vício dos dedos, tomados de prazer, de desejo ardente, de bem-estar e da validade da existência. O meu espírito bebeu o líquido da eternidade... confesso que supreendeste-me mais uma vez e tentei dar-te tudo o quanto desejavas.
10.04.2006 16:40h
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