quarta-feira, 25 de julho de 2007

IMPACTOS E VOZES

Toda a voz ergue uma memória, desde Génesis ao então mundo. Funciono com dois códigos paralelos, com duas sementes que fui assumindo e penso que sou capaz de muito mais do que possas pensar. Tempos de desbravar programas em formato de avanço, por outros caminhos, eliminando os mistérios que se contavam em tempos remotos.
Histórias de um governo, de uma política que caducou, de um mandato sem fruto, um óbvio mais alto que ultrapassa o tempo pensável. Políticos… [riso às gargalhadas], impérios dos prazeres, da censura e da obsessão pelas grandezas!
Impactos e vozes, ruídos e eufemismos caridosos… leitores da Bíblia dos outros tempos, desejando fechar os olhos das democracias! Escrevo-te mais um poema enquanto a notícia alastra o mundo inteiro das necessidades da euforia. Autores falhados, gente da inveja, enquanto a coragem veste outra roupa. É necessário mudar, ir em frente… credo! Muitos são os parasitas que pululam por ai, esses são da obra alheia, com alguns pretensiosismos, propondo-se a uma vocação filosófica.
Anos de recuperação, ilusão necessária para entender a sombra dos outros enquanto os jornais espalham as notícias. Factos imortais, publicitados para convencer porque a visão crítica das coisas está na ordem do dia. O onírico e o imaginário apertam a humanidade, bebem de Kant, Hegel e outros… o que interessa é beber. O sonho toma as consciências e a música movimenta o fundo que não se entende, esse é o propósito das vocações diferentes. Anos de luz, uma revolução, não fosse a de Abril uma mera manifestação de um descontentamento… um destes dias o radical sentimento do eu, mostrará outros valores, as referências e a heteronímia que Portugal guarda em seus cofres. Profunda é a tua mensagem, mas deixará de ter sentido e o preço será outro… este olhar exacerbado tocará a realidade dos concertos da poesia.
A história, os deuses… o sexo e a vontade nada mais serão que metáforas de reconstituição pelos séculos em séculos e o destino, único: a morte… nada mais do que isso. Falar dos detalhes é coisa profética, obedece a esquemas, a uma cultura muito mais complexa do que a tua, a um conhecimento bem profundo, onde se fica todo dentro de um outro mundo. Esta é uma espécie de reacção inconsciente do Ser, face à absorção das situações envolventes. Chegarão as periódicas revoluções, os momentos de readaptação, flutuantes e todo o teu dinheiro será apenas literatura que não existe. Esta é a ordem da pura abstracção, os valores que a morte marca, casando com o desconhecido. Política, Futebol, Religião, Sexo tomam os quatro quadrantes do humano, espalhados pelo mundo, pelo espaço e por tudo o que se possa pensar.
Nós, eu, tu… somos peças do grande jogo! Detesto o jogo, obedece a manipulações sucessivas, arrasta fichas e reza de ódio terrível, quase missionário.
Os problemas não existem, tudo se resolve, movem-se em torno de crenças… o que dizes é mentira. Socialista liberal, comuna tomado por outros valores, bebendo do idealismo, para lá do Salazar ou da ironia da provocação… guardo apenas o meu pensar na mais infausta quimera ecológica pelos limites do estritamente humano. Chega de aprisionamentos mentais, de aparições de mera hipótese e sem ser, no sentido aristotélico da ontologia. Sou o mais avesso só que não tinha dado conta das lisonjas comparticipativas e muito menos do contentamento resolvido.
O grande impacto rasga os horizontes do pensamento e do corpo, porque a tonalidade das ondas bloqueiam o entendimento… tu não entendes e ficaste preso à casmurrice do orgulho e morrerás na tranquilidade dos trezentos. Falta a lucidez, e a estupidez é muito atrevida.

16.05.2006 – 15:04h

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