quarta-feira, 25 de julho de 2007

PENSANDO E ARTICULANDO

O dia começou cheio de movimento e bastante cedo, como habitual acontecer às segundas-feiras. Aqueles números, tomados pelo uso da razão, presidiram à acção, veicularam hierarquias e estabeleceram formas de actuação. Continuei a pensar e articulei acções. Como volvidos mais de dois séculos, as concepções kantianas mantêm actualidade! A acção humana deve ser racionalmente estruturada, considerando as suas implicações. Falo-te de modos de encarar os outros e o mundo, de nos situarmos e de reagirmos… pensar em fins que se apresentem como exequíveis e valiosos. É bom seleccionar meios que permitam concretizar isso, como tal, gosto de estar atento e aberto a tudo o que de novo possa surgir. Tanto de bom tem acontecido nos últimos dias na minha vida. Agir implica o uso adequado da razão. Alguns querem ter a razão pela razão que não têm. Nem sempre os teus procedimentos são os melhores… pensas nisso? Certamente não ou tentas enganar-te e enganar, evocando desculpas e palavras de encher. Enches, nada mais do que isso. Ou avanças apenas por impulsos, birras, ideias preconcebidas, sem olhares aos outros? E as desculpas? A solução racional dos problemas exige, portanto, um conhecimento claro e seguro das circunstâncias em causa. Isto significa a possibilidade de muitas resoluções se mostrarem inadequadas, em virtude de a informação disponível ser insuficiente ou incorrecta. O verdadeiro conhecimento torna-se imprescindível à acção que se deseja eficaz. Ora… tenho pensado nestas coisas e, se as pessoas, os grupos ou as comunidades dispõem de um conjunto de verdades parcelares, relativas e meramente aproximadas, não se pode esperar que as acções decorrentes sejam as ideais. Elas serão também parcelares, relativas e aproximadas. Com efeito, em virtude de em muitas circunstâncias não podermos saber se a informação de que dispomos é completa e credível, temos que admitir que muitas das nossas decisões racionais podem não ser as melhores. Será que tomas decisões mecanicamente? Racionalidade também significa liberdade.

22.05.2006 – 10:02h

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