Dia de Camões, dia de Portugal, dia de muita coisa… dia de escrever-te um pouco mais. Oraite? É mesmo! Levantei-me cedo apesar de me ter deitado tarde, uma vez que tive à conversa com alguém que me pareceu uma boa pessoa. Talvez muito tenha ficado por dizer, mas estas coisas dos sentimentos são as coisas mais complicadas. Felizes os que são frios e distantes… azar eu ser assim.Continuo a dizer-te que é muito difícil perceber as pessoas, a todos os momentos surpreendem-nos com atitudes taralhocas, inconcebíveis. Tentam misturar as coisas, até usam as pessoas e não se definem… simplesmente agitam e se nos descuidamos entramos no mundo da loucura. Sim, mas alguma loucura é boa, muito boa. Recordo todas as loucuras, tudo aquilo que foi bonito, tudo mesmo muito perfeito, cheio de contornos definidos, bem delimitados.
Depois da conversa da noite fiquei um pouco mais a compreender-te, a ver alguns pormenores que me houveram escapado.
Lamento esse teu tipo de comportamento, pelo menos ficavas com a amizade, o que não é verdade, não sabes fazer a gestão disso mesmo e ainda que sejas muito inteligente e acima de tudo tenhas poder, o que não duvido, deixa-me dizer, a tua atitude é burra. Acredita que as coisas belas da vida assentam na amizade, na compreensão, nos valores do coração e esclarecendo as coisas com as pessoas e mantendo bom relacionamento. Proceder assim, tipo cortar, afastar, não estar a fim de teclar, de falar, sinceramente… causas muito mau aspecto e ainda que desejável, passas a ser uma pessoa mal vista. Tem cuidado e é bom que penses nesses procedimentos! Acredita que não te desejo mal, ainda que por vezes pareça aborrecido, com raiva ou um misto de indefinições. O que sinto por ti neste momento e pode ser contraditório, é estima, um carinho que prevalecerá dentro de mim para sempre e isso será o alimento de todos os meus caracteres.
Este foi o lugar que te dediquei, desde aquele dia… tem ainda os seus dias, ainda que possam ser contados. A vida é este contar de dias, constante, que fui ao ritmo das horas, por degrau a degrau. Penso que me conheceste um pedaço, falámos durante tempos e tantas coisas foram agradáveis. Não me importo que estejas a andar com quem bem entendas… a vida é tua! Só fico triste porque a amizade que tanto falavas, nada fizeste por ela. É agressivo de tua parte e nem te preocupas com tal. Balouças… continuas a balouçar e certamente ainda não vais estabilizar.
O tempo passa… vou para o café, tomar o meu matinal, comigo um caderno, a música, a caneta e pensar um pouco mais em ti, aliás, penso todos os dias em ti e consegues causar-me ainda inspiração para isto tudo. É de tirar o chapéu, são os meus apontamentos e pensamentos, as minhas fugas da alma, os caracteres que te dedico. Um dia a verdade virá ao de cimo e estaremos lá os dois. Agora, fica aquele abraço grandalhão, como sabias dar-me, fica aquilo que fazia de nós algo e eu era o puto porreiro, como dizias.
10.06.2006 – 09:48h
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