segunda-feira, 18 de junho de 2007

SORRISO INCOMPLETO

Perco-me no teu pedido sem que existam mais mutações possíveis, ou pedidos consideráveis, apenas olhares fora do contexto da rosa-dos-ventos e dos nomes, feitos ditadura ou amizade. Intransigências! Um sorriso incompleto, ou dois! Todo o meu ser se completa quando o silêncio aumenta, quando as palavras de vontade terminam ou outras situações tornam possível um outro olhar. Afasto-me sumptuosamente, da rua dos nomes, por um regresso seco de intimidades sem rosto. O meu olhar ergue-se em torno do levante, de uma fogueira acesa que tive de aceitar passivamente, dentro de mim, sem que eu quisesse, ou o sentido dela fosse desbravado, convenientemente. A minha alegria sustenta-se na interrogação, naquele princípio feito para lá do horizonte ou das vontades consideradas referência ou antagonismo do coração. Perdi o coração nas tuas atitudes inconsistentes! Neste pedido, ainda que amargo, coloco um selo, a consistência inconsistente, para um novo lançar sem rosto ou fronte que se possa precisar. Entrego a minha vontade ao silêncio, à indiferença, ao desconhecido e perco-me em miragens, sem que entendas o absoluto do meu ser e foi feito o princípio e o fim da manhã e da tarde por uma entrega total, sem encontro ou lugar específico. Todos os lugares são lugares de tudo e de nada, como isto, ou aquilo que ficou por dizer, porque não digo mais nada do que possas esperar! Cópias de uma miragem! Deixa-me ficar assim, no silêncio, na vontade sem vontade, por mutações de um sorriso incompleto ou de outras circunstâncias, aquilo que ainda não te disse nem te vou dizer.

11.01.2006 - 08:07h

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