Movimento um sorriso no eterno desejo, neste espaço curto, muito curto e sinto-te como o princípio do fim que não tenho, nos sinais que ainda vou abordando.O teu sorriso conduz-me a uma outra interpretação, aquela que passa pelas promoções do encontro, com a ansiedade que não dominas, eu também não! O tempo absorve-me na psicologia da ocasião, no regresso impróprio de um corpo enviesado pelo nada, nas sublimações do sorriso da tarde. É muito tarde, ainda que seja cedo, ainda que o desejo corrompa as percepções do destino e o corpo cai na aparência, entre reforços ineficazes, vontades ansiosas, onde desejo a percepção de todas as crenças.Os problemas podem ser perturbações de personalidade, onde te defino, na época dos instintos, alguns azedos, outros estilizados pela dificuldade da uniformização.A tua voz enche todo o meu prazer, completa as regularidades dos dias cinzentos, onde a dor me transporta ao mundo do não. A ansiedade é forte e tu partiste para as terras do nada, talvez impróprias, com o carácter dos hábitos que acabei de perder… sim, perdi-me desde aquele dia, certamente nunca mais me encontrei e a rotunda da felicidade é apenas uma expectativa.Foram corroborados os padrões da entrega, onde a minha alma escamoteou a minha imagem, a tua e a de todos os que a mim se abeiraram. Nomes sem retorno dos quais me despeço, onde perco a visão do dia elegante.Passou tanto tempo e ainda tenho saudades das saudades que se fundiram, da profundidade e do erotismo, tudo aquilo que temperou o meu sangue e as tendências da apreciação. Acreditei no que desacreditei, no ópio do olhar e nas soluções da diversidade de concepção. O tempo domou-me no seu complexo, na consciência originária, impregnada de um outro temperamento, aquele de que me falaste quando cruzavas o olhar no meu.Os nossos desejos fundiram-se, num temperamento fleumático, onde por medida, o meu crer em ti, era quase total! Foram dedicações e foste embora… agora podia-me inscrever, só que é tarde, demasiado tarde e os momentos já são outros. Volta!
Porto, 02 de Junho de 2007 – 19:40h
Escrito no Café “O Piolho”
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