segunda-feira, 25 de junho de 2007

DISSOLVO-ME EM TI

Com o nome da cor sem cor, dissolvo-me em ti, entre o silêncio e estas ondas de pensamento que nos unem desde os dias belos, com as formas da intuição.O meu interior pulsa numa relação inteira, na intimidade do corpo que se entrega pela orla de todas as rosas e perfumes, aqueles que sorvi no dia certo.Tudo o que escreveste foi dança de fôlego maior desde a entrega, desde as dissimulações e de tudo isso que nos uniu, como algo para o qual todas as palavras não chegariam. Sabes perfeitamente a minha opinião e se tivesse de repetir tudo, certamente o fazia com o mesmo gosto, com a mesma vontade, com tudo aquilo que naquele dia soubeste, não sobrando sonho algum ou pinta que não tivesse no seu lugar o rosto certo.Dissolvo-me entre a idade e o nome, entre a entrega e o incansável, por tentativas que inauguram um florescimento, contudo confesso, foste, és e serás a força do meu imaginário, pelo sentido que me dizes não existir. O meu sensível, certamente será o teu, as vozes da memória tomaram os flancos da ambivalência, os socalcos que o longínquo guardou na transparência, como afago das arestas do silêncio e dos filtros do antagonismo transcendente.Desde a primeira hora que desejei ser teu amigo e os lábios entre perfis que se ajustaram escreveram nomes, escreveram conceitos, alguns ficaram gravados na minha memória, como o escudo da minha identidade.Na penumbra do espelho acerto o relógio e aguardo o dia de poder olhar o teu relógio, esses olhos que tomaram os meus em profundidade, dissolvendo-me em ti, por caminhos inexplicáveis da foz que o sossego acolhe.

24.04.2007 – 23:56h
Hoje é dia do livro – Para ti, todos os meus livros!

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