quinta-feira, 21 de junho de 2007

COM SITUAÇÃO, SEM SITUAÇÃO

O sentido, os códigos e os contribuintes… lugares a ter em conta, face à flor e a relação que a mesma tem com a sua mãe terra. Não vou tomar isto de um metadiscurso, nem suplico a presença de um demiurgo socrático, nada disso, apenas deixo as minhas pétalas, focos do sinal imperecível. O horizonte tomará a integridade fragmentada e de algum modo te direi o que tenho no pensamento, ainda que por metáforas ou enigmas. Preciso atravessar o horizonte…Depois de bastantes palavras lançadas ao vento, depois de pensar a minha vida, os traços que foram considerados, depois disso e de tanta coisa, entendo que o sol precisa brilhar no meu coração. Entendo isso! Preciso da luz verdadeira e não de uma luz baça, com impedimentos e teias. Preciso sim, de muita claridade para que a minha felicidade aconteça de um modo natural. Entendo que os devaneios que conduzem a mágoas devem ser evitados e o perfume tome as minhas narinas, podendo eu sentir o fresco do vento.Hoje estou cansado, muito cansado de estar cansado, com o cansaço que alguns humanos me proporcionam… um cansaço que não serve para nada, mas que me faz ausentar… embrulham situações que não servem para nada, complicando mais o que já é complicado. Desculpa, mas digo não. Mais cansaço não quero, sim, dispenso. Obrigado. Prefiro ficar como estou, prefiro dormir em paz, na minha cama, ainda que só do que com um peso! Entende como queiras… hoje pensei imenso, e confesso que estabelecer um relacionamento com alguém que seja comprometido, isso não, muito obrigado. Nunca iria sentir-me bem estando em segundo plano, contudo, compreendo as posições, certamente existem pessoas que assim se sentem bem. Não disse nada demais, apenas reflecti sobre as situações, apenas mostrei a minha verdade e o que deve ser. Não quero destruir o que foi construído, isso não, do mesmo modo que não gosto que destruam o que construí. Estou a ser claro? Penso que sim! A disciplina do espaço e do tempo vai ensinando e hoje quando vinha de viagem pensei bastante, a tal ponto que a determinada altura até me embustei no caminho, confundi tudo, mas logo depois a situação foi expandida. O silêncio falará no seu devido momento… ainda que as aparências sejam enganadoras e a linguagem desloque a visão.Resta o jogo do mundo, a constelação fugidia e no seio da tendência, vou embora, caminhando pela noite, sem noite, porque preciso de muita luz… tanta e tanta que me torne o que ainda não me torne. O concerto será na ordem do sensível e disso falaremos noutra altura… deixa o jogo do diáfano porque a hora ficou tardia e o furor pincela a transparência.

Porto, 09 de Abril de 2007 – 22:33h

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