segunda-feira, 25 de junho de 2007

OBSESSÃO POR TI

Tomar tudo isto em mim, é um pensamento intrusivo, indesejado e desagradável, onde não consigo suprimir tudo isto pela minha vontade. Obsessão despropositada, não a consigo ignorar… tudo volta ao meu pensamento. Perturbaste a minha alma e foste embora. Tudo isto é absurdo, mas existe, conduz-me ao sofrimento, mesmo desnecessário. Absurdo sentimento que tenho por ti, desde o primeiro olhar… não consigo evitar esse grande monstro que me vai consumindo lentamente. Será delírio? Algo acontece, euforia de pensamentos metafísicos, filosóficos, evocando a vida e o destino da humanidade. Não sei de ti! Pensamentos ruminativos onde perco a possível resolução. Náusea do sentir, dúvida que me incapacita, deixando-me por vezes inibido. Medo sem medo do medo que se amedronta… confesso que é uma afronta sem solução. No pico irracional fico inibido, perdido entre cervejas que não tomo! Presença egodistónica, claro, muito estranha à minha maneira de ser. Perco-me no indesejável, no repetitivo, como por vezes me disseste, lembras? Penso na morte, no sexo, no dinheiro e a minha preocupação é que a vida é curta, demasiado. Delírio ou alucinação do nada… esta compulsão atrevida que me rouba a vida. Indesejável esta forma de sentir… ritual estranho.

Porto, 02.06.2007 – 20:20h
Escrito no café “O Piolho”

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