segunda-feira, 25 de junho de 2007

RESÍDUOS DA CONSCIÊNCIA

Neste compartimento dos significados, mundo de ambiguidades, marcas de presença deixo que as evidências executem a perspectiva, a primazia da razão, o sabor da acção e do significado moral, aquele que possibilitou o nosso encontro, ante a rede tecnológica do desejo.Foste modelo, orientação, conduta, a tentação de todas as minhas tentações e ainda não deixei de gostar de ti! Executaste a cumplicidade pela admiração e veneração, ocupaste assim a condição suprema, nesta decisão patológica, ligada à chama da vontade.O teu nome emoldurou no meu peito um imperativo, orientando-me à inspiração, ainda que perdido pela sombra obsessiva. Abateu-se sobre mim este raio, o exílio dos viandantes, por um refúgio além de mim, cujo significado resplandecente pelas coisas que são irrecusáveis e singulares no peito.O vento bebe as enfermidades da linguagem, acendendo outras chamas por estádios de reflexão, entre poetas e filósofos.Os teus contos anularam aquela metáfora e a luz aproximou a representação, gerou o cumprimento de uma mensagem. Que mais poderá ser belo a não ser o belo que considero como belo? Os novos valores não passarão de meras hipóteses, na tentativa de tentar dizer que todo o caminho é uma apóstrofe violenta! Sinto nos interstícios do meu ser a tua presença, violenta, com o mandamento do arauto dos princípios sem aspiração. Essa grandeza é uma luta esgotante, contorno de demências, conduzindo a um paralogismo sem vento que agite. Sou a tentativa pela abertura, ainda que a fachada se torne imprópria… não quero que isso seja um crepúsculo patológico, deixa apenas que o absoluto se funda nos resíduos da consciência.

Porto, 14 de Fevereiro de 2007 – 17:55h

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