segunda-feira, 25 de junho de 2007

BRILHO E BREVIDADE

Surgiu a manhã com o seu sorriso, com a sua voz das cores disponíveis, eu caminhando, encontrei o que me era preciso, debrucei-me sobre o horizonte, vi boas vontades e uma nova dança para inteirar.Um cristal, um homem que se aproximou, um silêncio desenhado na esperança, uma aventura, outra dança… o medo da amargura. Qual antídoto para esta situação… lancei-me no imenso mar da emoção e escutei de novo a tua voz! Sim, escutei, tenho na memória o teu som, desde as vezes que falámos, desde os olhares que trocamos e tanto mais que foram coisas boas. Coisas boas! Lembras? Algo falta e continuas a escrever, continuas a dizer aquilo que o tempo parece ter absorvido, outras vezes esquecido, contudo, nada achei proibido.Derramou-se o imenso desejo na dança da vontade enquanto a respiração regulava o olhar e continuas-te o trabalho sem parar! Sempre foi sem parar, sempre foi. Não posso reclamar, apenas recordo por recordar aquilo que a memória conseguiu guardar.Tudo me pareceu perfeito na vastidão da inocência, espessura sequiosa do momento, da tarde e da noite que se movimentou, tal como o vento, tal como a grande realidade… e foi assim que o tempo encerrou a amizade. O que existe agora? Silêncio e distância, não porque eu queira, mas porque tu queres! Apenas fiquei triste, mas a vida continua e recordo-te com saudade, com a eterna emoção de que a vida é uma dupla verdade.O meu absoluto foi a dança mais bela que contigo pude partilhar, contudo, da minha janela, sinto a chuva para me refrescar.Procuro pela validade… apenas ficou o brilho, a escrita e a eternidade.

Porto, 26.03.2007 – 15:26h

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