Caminhos e percursos, por aqui, por ali. Cheguei não faz muito tempo do Porto, depois da grande rota por algumas terras de Portugal. Fez-me bastante bem. Braga esperava-me de braços abertos, encetando uma nova recepção com um manjar de rei! O facto é que toda a família recebeu-me como nem poderia pensar. A saudade compõe a sua tarefa, tomando a noite e o dia. Como diria Paulo Bomfim "Sinto saudade de tudo aquilo que não verei". Quanto não resta que nunca vou ver? Quanto? Quantas palavras potenciadas sem potência num mundo por vezes que não se conhece? Quantas? Quantas saudades guardo daquele dia sem flor?Neste deleite morrem as horas, e uma tristeza alegre toma-me em seu seio. A emoção tece as horas, aquelas que passei no Algarve, depois em Évora, Beja, Lisboa, Vila Franca onde tive bastante tempo, Santarém, Coimbra e Porto. Agora na minha linda cidade de Braga, com os seus feitos, com tudo aquilo que se torna indizível, desde a varanda à lua vermelha que pincela os montes negros. Este é o espírito secreto aqui do Natal, tomado pelo sonho e pela saudade que se escreve num poema para ofertar a quem muito se gosta.Amizades nunca são demais, nunca mesmo. A vida é este constante adeus para um adeus muito maior, para um beijo delirante num minuto de perpétua saudade. A minha saudade é a tua despedida... não fosse a força da grande gota do amor, o grito da prece e nada faria mais sentido.
09.12.2006 - 04:15h
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