Prestar contas do tempo é uma tarefa, mais forte do que domar as sombras do inconsciente, tem a sua duração, nada mais do que uma história que se conta, uma divisão perfeita entre a vida e a morte. A fúria consiste em clarificar os conceitos, pela possibilidade da partilha poderás reforçar as tuas ideias. Hoje regresso ao jardim do éden, não que pretenda avivar as cartas do passado, as fotografias que tirávamos, tudo isso que nos unia de uma forma quase perfeita, os anos apenas injectam a divisa, uma separação eloquente que se fecha por vezes num advérbio impróprio. Acreditar nas coisas apenas e apenas nos conduz a um acto impróprio de assentimento, deixando sustentar um lado oculto, cuja consciência realça no mesmo bloco. A razão é inata, mas por vezes perde-se num universo comparado de sementes. O princípio que nos move é a consciência e os mecanismos do ego activam-se nessas sementes possibilitando o indivíduo sair da escuridão da caverna. Temos a capacidade de reagir de modos diferentes ao que é justo e injusto, fala-se em diferentes sentidos e no momento da verdade só alguns aparecem, outros por circunstâncias diferentes reprimem os seus sentimentos como forma mais fácil de se acomodar.Muitas são as questões da ordem do dia e alguns envergonham-se desses contornos ou simulações.Vivo, estou em vida, não sei quanto tempo mais vou durar, apenas sei que continuo a ocupar-me dos problemas, não que seja no meu cicrocósmos, mas inserido numa sociedade de múltiplas orientações… é difícil por vezes decidir e as leis da natureza são constantes. Reconcilia-te com o teu destino, situa-se no arrebatamento dos sentimentos e aprecia o rosto de uma outra pessoa! Lembro-me das leituras ao Kant, quando evoca que “devemos tratar os outros homens sempre como um fim em si e não como um meio para alguma outra coisa”, foi assim que sempre te tratei desde a abertura do primeiro olhar. Ainda que possas racionalizar tudo, as sensações surgem necessariamente e influenciam-nos, quer queiramos ou não… lembras? A filosofia é o contrário da fábula ou mitos! Vamos para a festa do jardim, porque a mensagem é a de um homem, não que seja um outro sexo, mas certamente um significado possível. E se me telefonasses? Ah, compreendo que não estás afim e outros valores te movem… um encontro no café também não iria melhorar a situação. Criamos o que somos… tu és assim e nada a fazer… somos assim! Só o homem aparece como sujeito na cultura e por vezes o teatro é absurdo, assumindo conotações despropositadas. Esta é a perplexidade do sistema… chega de filmes mudos, apenas o espanto acciona a filosofia e a curiosidade sustenta-a. Foges para quê? Isso é racional? Alternativas de lógica a uma nova era ante o regresso dos deuses ou das experiências de consciência! Qual é a tua? Eis o corvo branco… a nova mensagem, a outra realidade.
01 de Novembro de 2006 – 12:05h
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