Ofertar-te uma palavra, talvez não chegue! Parece que todas as palavras encravaram e os campos pulsionais ficaram preenchidos por um outro substracto de reputação efémera.Agora aqui, escorre-me uma lágrima enquanto leio os teus escritos, talvez na falha da noite, ante as brisas do fim do Outono. Debaixo das minhas pálpebras pareço possuir as imagens do teu fogo cintilante enquanto o irreal se afirma na escuridão que desliza por o meu corpo e os sentimentos hoje tomaram forma diferente. Mudo a minha nudez, aquela que um dia cnheceste, soprada pelo teu lugar, pelas palavras abatidas e o amor que falhou nas noites transfiguradas. Tudo se parece mover nesta saudade triste enquanto pronuncio o teu nome que cavalgou o âmago da minha existência. Fecho os olhos... és a única realidade que se me afigura nestas sombras curvilíneas que se aproximam e afastam os cantos de uma cama vazia.Tremendo de amor e defrio, na província da ideotice, bebo o vento longínquio, metido na noite que se desenha na minha alma dissolvendo-me na indeterminação das criaturas inominadas.Ofertar-te uma palavra, é o mínimo que posso fazer enquanto as cortinas enfunam, face ao fado que se faz soar do lado da cómoda.
05.11.2006 - 04:36h
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