segunda-feira, 25 de junho de 2007

NO MEU EPITÁFIO

Talvez seja psicose aleatória... Pouco me importo do que possas escrever, do que possas dizer, pouco sentido fará para mim, quando o que pretendes dizer não passa de uma situação morta, ainda que me critiques com essa força que sempre tentas exibir, de modos diferentes, como superior a tudo e a todos, tudo isso não passará do teu sentir, esse que é o teu, mas que ainda estupidamente amo. Não estará escrito que eu deva ter amado mais um pouco, talvez apenas tenha errado o alvo a quem projectei amor, contudo não me arrependo ... e agora tenho à porta um poema, um enorme escrito na pedra mármore, fria e com flores azuis. Um epitáfio!Constróis barreiras, impedes alegrias e dissipas situações, muitas fazem parte de ti, outras evocam uma grande promessa que nunca se cumpre ou vai para o armário do tempo. Tudo leva o seu temp... Tentas confundir-me, tentas provocar-me e fazer o despiste, fazendo alusão a determinadas situações, mas o jogo é cada vez mais interessante, acredita. Não consigo parar de jogar, não consigo estar quieto. Absorve-me todos os dias, mesmo que digas que é obsessão.Não desafies as minhas qualidades, debruça-te sobre as tuas e pensa nas tecnologias de ponta, essas que te absorvem, além de outros prazeres. A mim também... sou assim, talvez abotoado na minha memória e nos epitáfios do tempo. Paciência... nos últimos tempos os caminhos são diferentes, renovaram-se sorrisos, surgiram novas pessoas e a tela da minha vida vai-se alterando. Ainda assim, estás lá!Os teus sonhos já não são memórias que alargavam o meu olhar, apenas repousam na tua maneira de sentir... um dia pincelaram o meu epitáfio, o meu espírito, de modo suave, esvanecendo a motivação. O som da memória sustenta o trilho desta entrega, profunda e verdadeira. No som dos passos escuto-te, escrevo-te um poema, coloco-o num blog, num céu semi-perfeito e guardo a tua substância que perdura nas vertentes de outra memória, aquela que as minhas hormonas respondem, na dialéctica do tempo. Eis o meu epitáfio, a vontade das vontades, perdida na tua perdição enquanto te enches de ar, para respirar um pouco mais. Um pouco mais e estarei contigo... não percas tempo, aguardo a tua mensagem, e o desfolhar do mais belo sorriso.

Porto, 06 de Fevereiro de 2007 – 13:02h

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