segunda-feira, 25 de junho de 2007

DECLIVES DA IDEIA

Naquele dia alguma coisa fez sentido, ainda que agora a tua posição seja contrária, contrários fomos sempre nós, mas muito próximos, tal como o mar e o vento! Lembras daqueles pensamentos?A tua casa esconde muitos valores, desde o tempo quente ao aconchego das promessas onde por vezes nos uníamos. Aquele olhar profundo fixava-me e nada mais seria para lá do nosso ponto de focagem. Muitas experiências, a tua uniformizou o azul do céu que se abateu sobre a orla do meu desejo! Nunca pensei que fosses tu, confesso; foste quem no primeiro impacto não gostei.Uma música quebrou o meu reino, tirou-me do sossego, embrulhou o vento e fez-me esquecer o cabelo solto. Agora, a pergunta é pelo que havia e pelo que existe… continuo um seguidor das cores que a árvore veste, enquanto saboreio as amoras do campo estival.As sombras são como pedras no sossego, no caminho de dentro da terra, onde deixo uma mensagem, enfunando um rosário de questões, todas as que vestem a constância da minha alma e que se agita numa convulsão temporária. As minhas pálpebras são indicadoras do teu beijo, recortam a impressão do trevo, ao infindável do declive da ideia, o lugar sério para a noite.

Rio Tinto, 15 de Fevereiro de 2007 – 10:39h
(Grande Porto) - Escrito no café City jovem

Sem comentários: