quinta-feira, 21 de junho de 2007

JUCUNDO ACOLHEDOR

Altar das palavras…
Desfecho da vontade
Rosa temporária
Bosque dos nomes
Sombra viçosa…
Mortal pensamento.

Ausência, silêncio que sangra!
Irrompimento do sonho,
Cinzas iluminadas…
Família ilusória
Nada derradeiro
Este cansaço, fatal…
Refúgio rubro,
Flor que não floresce
A minha súplica, ardente.

Ao lado das coisas, adormeço
A lua recolhe a luz…
As palavras são sentido,
Todo o sentido é o valor
A permanência do que desaparece.

Ardor na brandura…
O mergulho do leito sem feito
A vontade derramada…
O momento que solidifica
Tranças do olhar,
A morte sonolenta!
Falaste-me da aparência
Da bebedeira da escuridão
A aurora que folgou
O cântico sem mais sabor.

Guimarães, 28 de Abril de 2007 – 18:48h
Escrito no Café Óscar

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