segunda-feira, 25 de junho de 2007

ENTRE O RUMOR DA SOMBRA

Por todas as pétalas que te dediquei, por tudo o que em ti pensei, ainda penso e continuo a pensar, apesar de nada me dizeres, de me teres lançado no lixo e nunca mais teres dado sinal… tendo eu esse sinal do modo que nem podes fazer ideia! Tudo isto para nada, talvez para tudo mesmo, com esse mesmo que ninguém possui.Entre as minhas ondas, os pensamentos, as formas de estar, ainda que aqui esteja, deixo de estar, porque caminho por locais que nem conheço.A verdade incomoda, é um triste rumor que entendo ser mesmo assim, veicula uma nova postura e acentua o veio da existência. Penso e tanto escrevo que nada te digo, por espaços de que nem fazes ideia e a ideia perde-se como tudo o que é.Com este olhar, tomado do tempo, apenas me apetece escrever, ficar aqui no meu cantinho, deitando para fora tudo o que sinto, sem que tudo isso possa servir a quem o devia. Ontem o Abril falou-me sem que o verdadeiro grito mostrasse a verdade distraída! Faltou algo… tu também faltaste. Outros faltaram… agora apenas uma dor parece corroer o meu corpo, parece que algo não ficou bem e o que parece não parece e a chefia para nada serve. Vou embora, mergulhado nas ondas de pensamento, com as minhas crónicas, serão elas do meu dia-a-dia e dos outros dias. Tudo isto e mais aquilo, as sombras, as memórias, os versos e o outro lado da expressão que se guarda para o momento próprio quando a palavra se consagra pela razão.

Porto, 26 de Abril de 2007 – 16:15h

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