Neste lugar, profundo, feito de profundidade, envolvo-te no meu mundo, com o olhar da intimidade, com poemas e outras prosas de que muito gosto. Fico aqui, no impacto das sensações que se elevam em lugares de ninguém, numa frieza rotulada por expressões que me ultrapassam. Sou tudo e nada... Profundidade do olhar em dias que não sei definir, numa luta entre o querer e não querer, o estar e não estar... acordado ou a dormir, isto assim, que não consigo definir, que não sei pronunciar. Ninguém poderá entender tudo o que penso, o que sinto e o que sou... apenas o olhar dita regras que são válidas para algumas pessoas! Apenas isso! Eu fico tomado pelos espinhos, pelo sangue que me circula nas veias e adormeço na esperança que um novo dia aconteça com mais brilho, com mais fulgor para um possível amor. As lágrimas correm-me no silêncio, entre espinhos, entre aquilo que não digo e que penso. Correm-me e não digo mais nada, apenas fico fechado na profundidade do meu ser, no lugar de ninguém, apenas reservado ao olhar, ao amor que não se define e a tudo o que nunca mais te disse e tão pouco te vou dizer... por esta não ser a hora de falar. Agora teclo com alguém que me faz derramar lágrimas que estavam guardadas e o meu olhar fica turvo. O telemóvel toca, não atendo... É profundo, muito profundo e o amor não tem medida nem feição, apenas se sente. Quero chorar sério! Este é o impacto mais profundo do olhar... que algum dia alguém me proporcionou, sem que o olhar fosse um olhar verdadeiro. Sinto-me felliz por ti e ao mesmo tempo a pessoa mais infeliz do mundo... desculpa, mas vou embora porque o olhar esmagou a beleza do meu ser e não sou visto nem achado para nada. Espero que entendas isto, pelo menos um dia, não é questão de falta de auto-estima, mas é a pura realidade a evidenciar-se. Agora em vez de olhar, vou tentar ver e tomar-me de outras realidades, outras paisagens, observar e deixar-me possuir pelas realidades e ser profundidade no todo... o todo que todos somos e que está em marcha.
12.01.2006 - 09:16h
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