quinta-feira, 21 de junho de 2007

DISTORÇÃO

Nasci na terra do pecado e as previsões são de curta duração! Tomo no meu corpo a voz da eternidade, a outra melodia e enceto mais uma caminhada entre a distorção do tudo e do nada! Olho-me ao espelho e sinto revolta pelo que sou, antes fosse outra pessoa, antes fosse uma mulher ou fosse o que não sou... penso que teria mais sorte, talvez na vida ou na morte! Sou aprendiz de filósofo... ignoro a situação e marcho na metamorfo-se da existência até que a morte me tome na sua plenitude. Parece que estou a ficar em revolta comigo próprio, com tudo o que sou e o que não posso ser. Gostava de te agradar e ser absolutamente teu, ainda que para isso tivesse que mudar de sexo, que me transformar...! Não me entendo com o que sou e o que sou não me dá felicidade alguma. Se amo, não posso amar... Fosse eu outro ser e tudo estava resolvido ou não, certamente não me iria magoar. Todo o meu ser se esvanece em hipóteses sem fundamento, em alegria triste, em tristeza pela existência e sinto que ainda que todo este meu sentimento prevaleça, nada me serve e nada me pode dar felicidade a não ser o silêncio e a fuga às normas.

12.11.2005 - 20:10h

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