Caminho sem vontade para nada, talvez perdido, sem rumo, apenas sentindo a angústia de estar só e ser trocado por outra pessoa. Sinto que sou horrível, que não presto e que nunca poderei ser feliz... amo quem não devo e sinto que perdi tudo, o próprio amor, a própria alegria... até a esperança desta caminhada! Desculpa, mas fazes-me sentir assim, tão insignificante. Todo o meu sentir não se completa naquilo que desejo e o que desejam de mim não pode dar-me felicidade porque isso seria tudo falso. Não posso viver um mundo falso. Um aperto forte esmaga-me o peito e o meu vale de lágrimas é cada vez maior, levando-me ao mundo da apatia, ao sem sentido de nada mais querer quando na verdade ainda quero algo. Somente na apatia posso sentir-me bem, ainda que te minta. Interrogo-me face a este mundo que tu conseguiste pintar em mim e depois deixaste, magoando todo o património do meu ser. A verdade é a própria mentira que conseguiste fazer passar... Quero entender o que não posso, aceitar o que não tem cabimento... e ser feliz, mas... choro no silêncio e perco-me no tempo sem mais rumo e nada é como eu quero. Hoje senti nojo, raiva, revolta... fiquei com dores de cabeça e tudo me irritou e a tua imagem não me saiu do pensamento. Continuas a viver dentro de mim mas, a luta entre o querer e não querer é uma constante muito forte. Estás lá! Acabei por não querer nada e nem quero mais nada. Sinto somente aversão a tudo e a todos...! Estou na luta entre o querer e não querer, na própria aversão pelas normas da sociedade.
14.11.2005 - 18:40h
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