quinta-feira, 21 de junho de 2007

APENAS ISTO E NADA MAIS DO QUE ISTO

Apenas isto que está dentro de mim, em profundidade, em repouso... libertação do nada e de tudo, desembocando numa indiferença tremenda, sem palavras, sem conteúdos sem absolutamente nada. Porque já não tenho mais nada para dizer. Sinto-me meio esquisito, meio estranho de mim, sem entender tudo isto... apenas sinto algo que não sei muito bem dizer. Sinto é um sentir com todas as cores e sem lugar! O tempo transporta-me e caminho como que perdido, conformando-me de tudo e de nada... custa-me aceitar a realidade da vida, do amor que se perde, da rejeição por que se passa. Apenas sinto um vazio cada vez mais profundo que se vai cristalizando. A minha felicidade parece ter desaparecido e apenas caminho ao acaso, deambulando, saltando de rosa em rosa e tirando o mel de várias flores, sem que nenhuma me agrade. A vida é este jogo de certezas incertas e breves. Lanço-me na incerteza e vejo-me no crepúsculo. Estou mergulhado na incerteza da existência que um dia te falei, nos perfumes da ausência e na indiferença do que possa acontecer. Apenas sinto que nunca posso ser feliz e continuarei a mentir sempre, no decurso dos dias... porque foste embora de um modo tão cruel. As tuas palavras foram fel do mais amargo e todo o meu corpo ficou em sangue. Apenas sinto que a minha vida perdeu o sentido... apenas tento iludir-me e não vejo nada que me agrade, apenas isto e nada mais do que isto.

17.10.2005 - 20:37h

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