quinta-feira, 21 de junho de 2007

É DAS TREVAS ESTE MEU FÔLEGO

No seio do vazio profundo
Vejo que já não vejo aquilo que via,
Tomo-me da vida e a vida é vazia!
Sinto-me só, ainda que com amigos
Preso por não ter o que desejo
É das trevas o fôlego do meu mundo.

A minha mágoa... esta tristeza,
Esta lágrima que secou,
Sinto-me perdido, esquecido
No inferno, na escuridão
Sem que alguém me escute...
Apenas quero sofrer em paz
Esquecer-me dos amores do coração.

Enganaste-me e continuas assim a proceder,
Desta dor tento libertar-me... deste padecer
Sinto-me na mais profunda prisão, a ingratidão
Neste vazio indizível... astronómica confusão
Sem explicação... todo este conflito
E todo o meu amor é revolta, é absurdo grito.

Tudo está por resolver... tudo apenas assim!
Não adianta mais lutar, sou um revoltado
Apenas sinto um sono profundo, enfim
Todos os dias sou um frustrado, é quase ódio!
Não adianta desejar-te... foste roubado
Consentiste... por essa mulher fui trocado...
Morreu assim a alegria que habitava em mim.

21.10.2005 - 20:44h

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