domingo, 1 de julho de 2007

PAROXISMO DO DESEJO

Bebo dos dias aquela imagem, ontem totalmente remodelada, e todo o sossego se abateu em mim momentaneamente, permitindo o aconchego das mãos. Nada mais ficou distante… olhei-te nos olhos e os meus braços caíram sobre os teus ombros num sorriso secreto, unindo as veias e as palavras na noite inesperada. Sulcos de uma miragem fez os meus olhos negros girar… uma dose de alegria rompeu, ainda que por instantes. O secreto amor embalou um beijo, enfeitou os lírios molhados, o corpo intacto quase pendido, mas foi assim que provei o teu odor, o mais belo perfume!És dentro de mim a semente do tempo, o rio em luta, florescendo na nudez de tudo o que se enlaça.No caos dos nomes as ideias marcam um novo impulso, instantes que se absorvem pela entrega e o silêncio dita a noção do sinal no prolongamento da minha visão. Fiquei contigo em viagens constantes pela invicta, até atravessar de novo o corpo servido ao pensamento. Absoluto foi o presente do teu ser, totalmente no meu, com o mais belo sorriso de satisfação e nesse momento dei-te toda a eternidade, em caprichos desnudei a matéria do silêncio… aquilo que desde algum tempo guardávamos tão profeticamente!É bom interiorizar o teu princípio e saber que o regresso fortalece as violetas e o longe do cosmos. Sempre te tinha dito de muitas maneiras o que pensava de ti, mesmo que não tivesses dado de conta. As aparências escondem sempre algo que com o tempo se revela de outro modo. Acrescento um apêndice e a evolução tece o paroxismo do desejo.

20.10.2006 – 17:19hPS. – Fazendo-me passear por aqui… http://blueshell.blogspot.com/ - BlueShell. Gostei dos teus escritos e da harmonia como as palavras vestem as cores… Voltarei…

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