Fecho os olhos…!
Não quero olhar esses olhos, nem consigo acreditar o que por mim vai passando, sinto-me desarticulado, olhos sem nada entender, cansei das falsidades, nisso não vi amizades, apenas perdi o meu tempo, fiquei iludido nesse tormento. Não me interessa de mais nada, nem da tristeza nem da alegria, apenas estou como estou, um pedaço cansado.
Batem os sinos, que seja pela minha alma, pouco mais tenho a dizer, do que vejo não gostava de ver, do que sinto não consigo descrever. Inutilidades… talvez tudo isto, ninguém as pode entender, nada quero, nada espero. Morreu o amor e o ódio…!
Fosse a minha morte o silêncio eterno dos dias sem nome, o meu corpo perdeu o sentido, apenas estou como não entendes… fosse o meu silêncio a paz do universo.
Não quero mais nada! Não quero impostores… morram todos porque neste momento também morri, a minha voz não se ouve, apenas são desenganos, este e aquele desengano… a voz dorida do piano.
Obrigado pela companhia nos dias em que mais precisei, pelo desprezo entendido que aconselhei, pela alegria que vibrei, obrigado simplesmente pela estupidez… é a melhor forma de eu te conhecer. Certamente nada mereço, agora apenas quero descansar, já percebi tudo, não tenho palavras para responder, nada mais vou dizer… aprendi o que não pensava aprender, apenas quero acrescentar que da vida apenas de tudo isto resta morrer. Morri!
Grande Porto – Rio Tinto, 22 de Abril de 2007 – 19:20h
Escrito no Centro Comercial Parque Nascente
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