Um vazio profundo que nunca irás entender, consome-me! Sinto que tudo é mais profundo, mais sem sentido quando penso no que está perdido e nas sensações que no tempo foram levadas para um outro lugar. Amarei até morrer! Procuro-me, não me encontro aqui, sinto o desgosto de não ser aquilo que desejava ser... sou um eterno inútil dos sentimentos que tenho. A tarde não é amor nem o amor que sinto pode ser vivido por quem amo. Apenas sou sem saber o que ninguém pode viver. Apenas escrevo para matar o desespero que me consome... perco a vontade de falar com toda a gente, com os meus amigos e não sinto mais a alegria que em outros tempos sentia. Sinto-me tão confuso... Quero esquecer o que ainda não consegui esquecer, sinto-me fraco de tanto sofrer pela dor que me faz os poucos morrer! E sei e tornarei a saber que serás sempre tu que todo o meu ser preencherás... mas trocaste-me! Sim trocaste-me... compreendo que não te possa dar o que desejas, esta é toda a minha infelicidade por ser um inútil na tua vida e o teu amor não poder receber. É da vida esta dor, este desespero pelo caminho que piso, por tudo o que sinto e por tudo o que já não tenho. É triste a minha existência! É triste estar aqui... Maré de infelicidade perder quem eu amo, dor que se eleva, morte que me toma, ainda que tente procurar o amor em outro. Nada te pode substituir, nada é mais belo... ainda que me queira iludir, é vago o meu mundo, um amor imperfeito, singelo. Não sei o que fazer... já nem consigo nada dizer, aguardo outro dia e esqueço-me pelo adormecer e sei que te amarei até morrer. Sou, sem que alguma coisa possa ser.
13.10.2005 - 20:14h
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