sábado, 16 de junho de 2007

REBOLO OU DESCONSOLO

Foi mais um dia! Muitos dias… mensagens, escritos, propósitos e despropósitos entre gritos. Algumas mensagens dos amigos que considero, contudo, enviei para alguém que considerava especial, como tal, assunto importante de resolução delicada, tendo desta vez de contemplar o meu interesse, esse mesmo que não deu em nada. Por norma estou sempre disponível quando me batem à porta, para tomar um café ou um bolo ou apenas trocar impressões, já não chegam as desilusões. Amigo, amigos… palavra que por vezes é ingrata, ou apenas distracção do sitio onde se coloca a mão. São poucos os que merecem o título de amigo, contudo, penso que ainda não é espécie em extinção e quando diz respeito a interesses, bem isso nem se fala, o amigo é em letras maiúsculas. Mas deixa-me espreguiçar, pois o caminho é longo e tanto existe para costurar!. Preciso comer um bolo, sim porque rebolo já eu sou, então não vês a minha gordura? Ou pensas que sou um atadinho?! Mais calorias para queimar no depravamento sexual, ainda que seja ao frio e na serra do pólo. Pólos existem muitos…
É necessário parar um pouco, dizer tudo o que penso, ainda que não gostes, pouco me importa da tua postura do gostar ou não de gostar do que tenho para dizer, é no tempo que vou verificando as situações, um dia entenderás perfeitamente o que te escrevo, poderá ser tarde demais! Hipocrisia e cinismo não faltam nos sorrisos e no olhar com que te passeias, mostrando-te de anjo convencido e convencendo com palavrinhas mansas e até escritos pomposos, de lamúrias para esconderes o contrário do que és! Interrogo-me sobre a existência dos meus amigos, ou sobre aqueles que se afirmaram para comigo um dia, com as suas vertentes estranhas (bem disfarçadas), direi mesmo esquisitas, talvez nunca o tenham afirmado, o que passou foi a tentativa de me convencerem que assim não era, ainda que fosse. Jogo de palavras que rebolam e rolam no meu intelecto. Acham-se os melhores, depois não o são, não podem ser porque esse ser não reside na interioridade, é apenas falsidade mascarada.
Olho de fora os relacionamentos, fico sem vontade de dirigir palavra, a palavra não iria servir para nada, na minha frente são uma coisa, depois outra bem diferente na realidade, com desculpas e a despachar a alta velocidade… claro as multas também se consideram, por vezes bem aplicadas. Mas, pior é que eu não mais acredito nessas desculpas para desculpar outras desculpas! Chega de paninhos de água quente, com olhos de carneiro mal morto e água benta para dar uma de santinho! Eu pelo menos de santinho não tenho nada… tanto vou no passeio como na estrada.
Não tenho vocação de padre para servir de confessionário, de conversa fiada já cansei à bastante tempo, para mim o que existe é uma grande palhaçada. Incrível como esta gente não tem mais nada para fazer do que estar sempre a falar mal, a provocar e de trombas (aliás, estar de trombas por vezes até convém, as conveniências servem-se sempre). Não consigo parar de escrever, e a noite já começou e a minha má-língua, vespertina, de trapo, manda sempre ter à frente um guardanapo para limpar a sujidade. Face a estas situações um explosivo certamente acalmava as tempestades, esses ânimos iriam certamente ao lugar… existem certas pessoas que preferem a guerra em vez da paz! Compreendo o que vai acontecendo pelo mundo, talvez ainda não esteja preparado para compreender. Continuo sempre um burro a dar coices e a comer pão-de-ló, estou que nem um rebolo! Melhor é ir embora e deixar as cobras e os lagartos metidos nos seus buracos. Penso que seja necessário é outra coisa, certamente é o que muita gente precisa.
Não sou mais nem menos do que ninguém e se me queres tomar por parvo, pois fica a saber que é tudo o que menos consegues. Só sou parvo quando me convém, aprendi isso contigo…! Cuidado, alguém pode servir-te um prato frio de vingança… os modos nem te passam pela cabeça e de boas intenções sem ver resultados, já cansei desde bastante tempo.
Então, tu que andas sempre a chorar, que te mostras tão cheio de amizade para com os teus amigos (amizade falsa é o que é… coitados ainda acreditam em ti!), sim, tu… já nem tens tempo para me dares um olá, ou já não te interessa? Novos preenchimentos… pois, já passei de moda! Agora bloqueado penso que é muito melhor… O interesse só existe quando algo pode ser preenchido e ainda com esse narizinho arrebitado, cuidado… guarda esse focinho, porque pode acontecer-te o que menos esperas e depois vem o lamento como forma de remedeio para o grande sofrimento.

Porto, 14 de Abril de 2007 – 20:59h

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