sábado, 16 de junho de 2007

PASSAGEM QUE SE ALONGA

Guardo-te no pensamento, desde a noite, recortando a distância e somando outros sabores que aos poucos acordam, na ordem incessante dos nomes. Neste caminho, onde as horas evocam mensagens congeladas apenas acato aquilo que funciona, colocando de lado o que deixou de ter interesse. Não te falo com aquela veemência pretendida por ti, uma vez que entendi não servir apenas para quando não tens mais ninguém que te ouça, ou necessites de desabafos. A tua postura é interessante, mas para mim, vejo-a como algo que nada mais me diz, foste tu que escolheste e depois andas a chamar a atenção a toda a gente, aliás sabes muito bem como proceder para que os teus interesses sejam assistidos. Pois é! O caminho é construído por cada qual… não penses que te vou dizer mais alguma coisa, uma vez que por norma quem sempre manifestou desejo de te encontrar fui eu. Certo? Sabes muito bem do que estou a falar e não te armes aos gambozinos…
A voz esbateu-se na imagem e o sentido ampliou esta manhã, ficando tudo mais brilhante, sem estar com choradinhos… mas apenas pelas palavras pincelo as minhas telas, estas que por vezes desfocam as imagens pré-concebidas dos que andam sem rumo.
No bosque dos sentimentos encontro um novo sorriso, uma nova promessa, alguém que me diz o que antes não pudera acreditar, talvez mesmo impossível, mas ao mesmo tempo penso que são fases que irão passar. Tudo não passa de uma passagem que se alonga…

Porto, 15 de Fevereiro de 2007 – 08:51h
Ps. Um blog interessante Gay

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