Eterno momento que fito o olhar... tomado pela circunstância, pelo desejo que já não tenho, pelo vazio que acalmou e pela verdade que se superou. Este apaziguamento tornado indiferença, lugar que se acrescenta para um sonho sem conteúdo. E durmo assim sem limites, no silêncio sem incomodar mais ninguém, estando apenas comigo, fora de tudo e de todos porque nada mais me pertence, eu não fui feito para ninguém... tudo o que possa dizer nada mais serve para cessar este meu desassossego, porque o único desajuste é a própria situação. No cimo do infinito lanço todo o meu ser, para repousar plenamente, despojado de tudo, de todo o sofrimento, já conformado que nunca te terei para mim. Apenas vivo sabendo da realidade, desta viagem, da amizade e do resto de mim, disto que não serve para nada... apenas resta cumprir o meu programa de mortal.
20.02.2006 - 21:24 h
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