Depois de um dia bonito, ou que tentei por isso fazer, apesar de não ter conseguido na totalidade e depois do cartão do telemóvel ter ficado danificado, sinto-me vazio e perdido no meio de tantas letras, nesta rua de nomes. Não tenho o que desejo e o que desejo perdi, está perdido. Hoje marquei uma posição, fui frio, cruel e mesmo assim, acho que foi pouco. Penso que chegou a altura de dizer não e colocar um ponto final. A luta interior é mnuito forte, mas ainda tenho muito na minha frente. O meu objectivo foi corrompido pela desilusão... e o dia dos meus anos seria especial, é naquele dia e não noutro. E continuo a ser um estúpido todos os dias e parece que nunca mais aprendo e nem sei tirar os sentimentos de por quem não me merece e que faz de mim palhaço, palerma, e tanto mais... jogando-me ao ridículo pelo jogo dos sentimentos. Na noite e no tempo semeio a minha vontade, ainda que magoado, ainda que sentido, ainda que descontente... vou mantendo a minha posição, mesmo que não concorde em nada e a minha decisão seja não ou dizer para mim mesmo que chega... chega! Já sonhei muito e estou cansado, muito cansado, talvez demasiado... prefiro dormir e esquecer tudo, até que existo, que penso e que amo ou que tenho capacidades para tal. Não sei mais de nada, nem do que sinto ou que possa vir a sentir, absolutamente nada. Fiquei perdido e abandonado no tempo... Estou aqui mas não sei o que procuro, apenas estou porque preciso de estar, tal como preciso de comer, beber ou respirar... mas não sei mais onde estou nem para onde vou. Apenas sou caminhante... perdido. Talvez alguém me encontre no meio desta caminhada, ao acaso. Tento dar tempo ao tempo para me encontrar e cada vez me sinto mais distante de mim, mais perdido, mais esquecido... até me chamam teatral e tanto mais. Sinto-me rejeitado e sem mais paciência para nada. Não sei se podes entender isto. Não aceito mais desculpas, quase odeio tudo... As minhas tempestades, provavelmente serão as tuas, de outro modo, com outro sentir... hoje tudo isto mostra a minha tristeza, a profunda tristeza de existir. Continuam as palavras na ordem do dia, as novelas on-line, as certezas incertas, os distúrbios e a manifestação da derrocada da existência. Tudo chega ao fim, ainda que eu seja tomado pelo sono ou tu também. Talvez eu seja melodramático... esse é o privilégio da existência de alguém que escreve. Palavras reprimidas, sentidas num constrangimento, na sede que não posso matar e que a vida me toma por inteiro sem que dela sinta a felicidade... a minha felicidade assim é impossível! Interrogo a minha existência... interrogo este lugar, interrogo tudo, até quem me pode criticar. Continuam a criticar-me e de nada me importo, apenas deixo tudo e fico à deriva, ao acaso e o resto logo se vê. Encontro apenas aberrações no meu caminho, talvez eu seja a maior de todas... mas não pedi para ser assim e mudar não consigo. Desculpa! Podes criticar-me, podes dizer o que pensas... podes contudo ser sempre tu, ainda que não goste mais de ti, mas estás em teu pleno direito como qualquer outra pessoa. Somente isso! Se tiveres coração pensa nas tuas atitudes, pensa no monstro que és e não quero mais promessas de ti, em nada, muito menos marcar o quer que seja contigo. Apenas quero ser capaz de te esquecer e encontrar alguém que me mereça porque tu não me mereces nem mereces ninguém. Nada melhor do que dizer o que penso, o que sinto, ainda que não gostes, ainda que não vás ler... absolutamente nada. O nada é este meu nada, é este absoluto que te escapa. Nada sei...a única coisa que sei é que algo está a acontecer comigo e que fiquei perdido no tempo. Talvez parte de mim tenha morrido... ou eu seja um morto vivo, atende a esta figura de rectórica... mas por vezes é o que sinto. E assim eu seja esse algo desagradável e nauseabundo que vai silenciar na orla dos dias vindouros... para que chegue em outro dia e tudo seja diferente, com uma vida nova, um espírito de maior confiança. Na orla dos dias do silêncio e depois de um aniversário, penso que chegou a hora para me libertar de algumas coisas, ainda que não consiga já, no entanto envolvo esforços nesse mesmo sentido. Deixo-te aqui a minha palavra com uma mão cheia de palavras...
20.11.2005 - 06:17h
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