sábado, 16 de junho de 2007

À MEMÓRIA E AO SILÊNCIO

Foram as despedidas, e aconteceu o silêncio, um silêncio tumular, dando lugar a um vazio indescritível. Existem coisas para as quais não existem palavras. O cansaço da situação lançou-me a outros sentimentos, deixando-me por terra, coisas tais que não vou falar, no entanto arranjei coragem para outras e reactivando as mesmas. A vida é mesmo isto e não vale a pena algum aborrecimento com quer que seja, ainda que tal ou tais o manifestem, a melhor solução é partir para outra, com a frieza e a indiferença. A mãe ficou lá para sempre... e os sentimentos não contam para nada, muito menos existe a sensibilidade ou capacidade de receber sensações.
Um pedaço distante dos blogs, destas coisas que tanto gosto, contudo, os momentos não têm sido os melhores, apesar de não andar a badalar os acontecimentos. Alguns dos meus amigos com quem costumo encontrar-me por vezes sabem das situações, outros certamente ainda nem sabem. Lidar com a situação em causa, não tem sido nada fácil. Mas, existe sempre uma primeira vez na vida para tudo…
A vida é um nada, nada tal que ainda nem se tomou consciência... sim, ainda nem me consegui mentalizar com a partida da mãe para o lugar do qual nem sei falar. Mas falar o quê? Destas coisas pouco se sabe, contudo as tradições sustentam esperanças, para que o sentido da vida das pessoas possa ser adequado aos momentos e perpetuado. Tenho reflectido imenso nestas realidades, imenso mesmo. Respeito as posturas de cada qual. Em tempos falava disto com a mãe, agora não posso mais... restam as memórias, e as saudades passam o filme no dia a dia.
Vida para lá da morte? Eh eh eh ... tudo bem. Força! A todos os amigos que estiveram comigo nestes últimos dias, o meu muito obrigado pela força que me deram para tentar superar a situação bastante dolorosa. Estou muito cansado, no entanto, amanhã espero recomeçar a minha actividade profissional.
Com a eterna saudade e à memória da mãe que possibilitou o ser que sou.

15 de Março de 2007 - 09:20h

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