sábado, 16 de junho de 2007

INCLINÇÃO INDISCRITÍVEL

Todos os olhares feitos à rua, continuarão na chuva...
Num detalhe quase inacessível, bebo o reflexo que o silêncio projecta, entre o ruído do carma, e o sabor que as imagens cedem, ante a experiência de te poder tocar, docemente onde o desejo infligido é sublimado.
Representação arquetípica esta, na reconciliação eminente do sereno silêncio, perante o advento que se desvela, na planície juncada de pedras, onde pousei o teu nome, num duplo segredo, entre as fendas que a vida resplandece, fosse outrora o rochedo indicador da tua presença e a felicidade seria um caminho interminável.
Ruínas antigas, condutas de chaminé, face à continuação do tempo, ainda que preterido pela oração… guardo o edifício do pensamento, esta inclinação do tempo indescritível, as marcas que a tua alma imprimiu na minha.

Braga, 03 de Fevereiro de 2007 – 14:08h
Escrito no Café Brasileira
Samuel, o Ventoso

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