quinta-feira, 21 de junho de 2007

IMPROVÁVEL DE MIM

Esta vontade mata o meu ser e a revolta aumenta dentro de mim, a cada tomada de consciencia neste e em todos os momentos. Sinto que nao sou feliz assim como sou, apenas a mágoa me consome. Um choro seco denegride o meu coração, fazendo-me sentir a pessoa mais infeliz. Nunca ninguém me entenderá! A dor é a minha companhia e a morte será o silêncio do meu sofrimento. O desgosto da minha vida é não te ter e tão pouco ser capaz de amar na plenitude outra pessoa além de ti. Cansado e cheio da fadiga do dia, da violência das palavras, sinto a desmotivação pela vida e o cansaço pela realidade. Nesta existencia subjectiva, sem amor, torno-me na solidão do absoluta, desabituo-me das crenças, do arrebatamento e dos sinais desastrosos. Vivo no improvável de mim mesmo, no anónimo da minha sensibilidade, perdido na dor, a dor que não se explica. Depois de tanto sofrimento adormeço e não pactuo mais com os cambios da alma. Pensar em ti suscita-me desespero, abandono, uma inquietação astronómica, onde todas as escolhas são infelizes. Sou um eterno insatisfeito mergulhado no desprezo. Choro no silêncio, na tristeza de ser assim. Aqui, neste local paira uma tendência unificadora e isso ultrapassa-me e a minha luta é um programa de acção, sem acção. Nas calmas de um dia sem sentido e sem frutos, caminho, sem mais me preocupar com coisa alguma, prossigo indiferente para com os acontecimentos que me cercam! Observo e deixo o dia e a noite em paz, o horizonte aceso que amplia uma outra mensagem. Apenas é um nome a somar a tantos...

25.11.2005 - 19:32h

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