quinta-feira, 21 de junho de 2007

CASA DO SILÊNCIO

Longe das palavras, do tempo também
Apenas no silêncio rasgado...
Talvez tumular, cortado pelo nada
No seio da ambiguidade, ninguém
Das cinzas, o grande fruto da ilusão.

Casa caiada, tombada, vazia, só!
Templo do fim, branco, total...
Sem modelo… ânsia dos desenganos
A flor que mete dó...
Flores em transformação,
Esta piedade ante o luto imortal
Espelho que se quebrou no chão.

Saudade, tristeza, lágrimas, pranto
Recorte das guitarras divinais... enfim,
Devaneios pelo acaso, quanto
De tristeza, o cheiro das urzes do jardim.

Uma cama, o leito da morte...
A saudade que se escreve
Não há outra, tudo é breve!
A palavra mãe que se gravou
Não será outra mais forte
A tal ninguém se atreve...
Com a sua dor, seu filho amou.

12.03.2007 - 05:38h

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