quinta-feira, 21 de junho de 2007

O NIMBAR DO POENTE

(Há muito tempo que os sentidos mudaram e as promessas ficaram em aberto... para ti esta mensagem, neste dia que me angustia - 14 de Fevereiro de 2007 - Dia de S. Valentim, o dia sem namoro!) Guardo o teu sorrisoPincelo um novo olharAinda que indeciso…Continuo a pincelar!Desejos da alegria que envio para o esquecimento, nesta tarde de fumo inebriado, com as cores de um tempo adulado, onde a alegria dos sentidos se dissipa pela saudade sem regresso e torno-me presença sem fim neste aroma lilás.Uma flauta encantada neste dia chora por beijos e perfumes do gélido jardim, onde a força é um céu fresco de promessas, com encantos e anémonas por contorno. Neste espaço, vago, seco um fresco adeus, talvez os meus prantos e a ansiedade que no fundo do meu ser paira.O meu sonho é como uma romã, tem as suas colónias, os seus encantos, as memórias e as estradas do grito mudo, este furor que ultrapassa a voz.Bebo os teus suspiros, entre caprichos, vertigens que olvido, pormenores de uma folha despegada, escrita a azul, bordada pelo meu sangue, da cor do fruto proibido. A prudência é um triste encanto onde as horas do amor ilibam os silêncios e a harmonia que o veludo consente, por sátiras de ninguém. É grande o retrato que assegura o momento intenso, o nimbar do poente neste influxo, com a água que cobre a planície do meu peito e sou assim incenso azul sobre o teu pântano, com a neblina da saudade.

Porto, 14 de Fevereiro de 2007 – 19:40h

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