A vida tem o seu sentido e o sentido de cada qual encontra-se nos momentos que se vão vivendo, no encontro com quem gostamos, por vezes ainda que saibamos que não gostam de nós. Hoje… estes dias todos para arrancar o sorriso perdido, talvez escondido, ou mesmo esquecido. Hoje, um dia diferente, um dia para interiorizar e focar bem no fundo da eternidade. Nada mais do que não soubesse. Se sei muitas coisas ou não, será um problema meu. Mas, penso que não sei nada. Este escrito é um desabafo sem que consiga desabafar alguma coisa. Desabafos do imediato, aliás, preciso de escrever, senão estoiro… depois chega lá abaixo!
O que estou a sentir ou a deixar de sentir é mesmo o sentir de nada querer sentir, de nada querer dizer, de nada querer fazer… sim, porque estou de férias. Quanto mais não seja, o momento de estar aqui a escrever estas letras mortas. Estou bem, sim, estou bem de não estar bem. Tenho tudo e não tenho nada… hoje conheci mais amigos, almocei com eles, conversei e terminei o dia com dois amigos que costumo por vezes encontrar. Gosto das pessoas com quem estive hoje. Obrigado por gostarem de mim e de me terem procurado. Gosto de vocês e quero gostar muito mais, falta-me as palavras mais correctas para dizer o que sinto, contudo não sei muito bem dizer… apenas deixo estar e depois logo se vê.
Hoje vi muitas coisas, expressões, pulsões senti, sabores ingeri e ainda estou por aqui e não sei para onde vou. Não sei absolutamente nada, apenas quero continuar apático e não pensar em nada! A chuva cai e chama-me para os lençóis, chama-me para que possa afogar as minhas tristezas… aquelas que hoje tentei lançar fora, mas ainda não consegui. Apenas preciso de escrever mais um pedaço, aqui ou noutro sitio. A noite está escura e tudo me parece mais só do que a própria solidão. Nada existe, melhor, nada espero porque não tenho nada para esperar de quem nem a minha sombra deseja rodear.
Vida e sentidos… apenas a única coisa que me alegra é que o fim é igual. Não sei onde estou, apenas não estou nem espero nada de ninguém. Nada mesmo, mesmo nada. Nada mil vezes. Pessoas complicadas não faltam a cruzarem-se no meu caminho, apenas emito um sorriso e ignoro o processo. Boa viagem o prémio será igual. Aguardo… vou dormir porque é tarde!
Porto, 30 de Março de 2007 – 23:34h
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