terça-feira, 17 de julho de 2007

DIGITOS ALTERNATIVOS

Parece fazer-se tarde! O absoluto da vida é uma substância, gostava de me tornar nela, com o teu sabor, com uma vontade própria, no sentido exigente do meu impulso. Exijo o movimento, ainda que fiques a rir às gargalhadas pelo meu sofrimento... se pensares bem, é um pedaço do teu também! Como sempre te disse, estou sempre aberto ao diálogo e não à exclusividade do monólogo, só nos meus escritos esfarrapados.As maravilhas do teu ser, derramam-se todos os dias sobre mim, as nossas conversas são interessantes, as músicas também, preenchem os conceitos da eficácia e nomeiam uma nova actividade, um substantivo por educar.A natureza é pura e simples, por favor não a compliques, realiza-te nela, toma-a em absoluto na tua respiração. Nada de ficar aprisionado no não sentido, esquece as psicoses porque a vida parece-me outra. Questões resolvidas e tome-se a verdade com o absoluto, esta determinação das duas maneiras, a expressão e a audição da mesma.Aquele tempo preencheu todo o meu ser, e a totalidade nunca mais foi um desviar de olhos, muito menos cobrar alguma coisa. Sustento neste lugar a tua força e tudo aquilo que não me soubeste falar. O desejo deu-se por acabado, agora, apenas relação de pseudo-vizinhança, talvez oposição… fuga ou desgaste de circunstância. Não vou mais contentar-me com a falsa esperança, muito menos em abismos de coisa em si, sem verdade. É imperfeito, limitado esse ajuizar, carece do elemento integral… e de tanto mais.Hoje, dar mais uma volta, tomar café, no Vila Rio, respirar a maresia e na linguagem do corpo prolongar-me. Encontrei aquela foto… dupliquei-a, foi para o telemóvel, tal como o teu blog, perdido no tempo. Estão lá!Não quero aqueles princípios contrários à lógica, bem como as suas regras, apenas o sentido justo, apesar de não encontrar justiça em modo algum. A maneira racional é a única via de actuar na vida, a noção da palavra toma várias posições e o derrame é um concerto de opostos.Sei que nunca ias assumir nada do que disseras… as contracções são apenas um aviso do outro lado da representação. Estou calmo e sereno, porque estás comigo desde aquele dia, ainda que as escolhas não passem de ordens singulares, formas peculiares do eterno, a um devir próprio da existência.O divórcio entre o querer e o não querer, sustenta-se numa psicose, numa falta de determinação, num complexo de atritos e focagens isoladas. Abandonei tudo… sim abandonei-te desde aquele dia, desde o mergulho, desde a repudia das circunstâncias. Agora, nada me incomoda, se existes ou não, independentemente do que possas pensar. Todo esse acontecimento ficou desprovido de finalidade… e o acaso é o encontro de duas séries. Dígitos alternativos, como se tivesse essa intenção.

11.07.2006 – 18:59h

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