quarta-feira, 11 de julho de 2007

RASGOS E VONTADE

Os momentos avançam e a música soltou-se, enquanto te procuro entre os lençóis do indizível, o fogo sujo dos nomes que aos poucos se vão gastando. Tudo se gasta lentamente, entre folhas manuscritas e o inevitável. O silêncio fica estilhaçado entre todos os nomes que vou escrevendo, entre outros que vais bebendo, entre outras canções que me soltam. Este é o mito dos genes em transparência, o vazio que se espelha e dorme, num pressentimento de cidade vazia. Não podes conceber as minhas palavras, essa superioridade intelectual é puro vazio, é faz de conta que arranha… e a água corre calmamente neste Verão. É lindo o que escreves, o que me dizes… os meandros literários possuem muitas formas e a que enveredaste é a mais linda, possui os cambiantes do retorno, a poesia, a prosa e um pedaço de filosofia, não fosse eu um amante dessa área. Vivo tatuado de pensamentos, de palavras que me assaltam constantemente, de outras que me é difícil contornar e de tanto mais que me escapa.Os meus olhos rasgam o teu corpo e a vontade apresenta-se como um deus em actividade… as ruas esquecem-se e flúi o amor, tanto mais que ainda não podes pensar, tão pouco fazer uma ideia. O resto não interessa… desliguei-me completamente! Entenderás um dia tudo isto que escrevo, acaso tenhas capacidade para tal… agora ainda é muito cedo.

19.07.2006 – 14:06h

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