Lembro-me das tuas palavras, tão belas e muito verdadeiras… gostava de te ler, pela brevidade e sentido. Tudo o que senti abrangia o formato da perfeição, não sei se para ti, apenas consciente desta forma de estar, ainda que tardiamente e deslocada dos padrões. Dei voltas, mas voltei, continuo a pensar-te, apesar do teu desprezo… estou certo que algo ficou! Isto…! Belas conversas on-line, por encantos da palavra e nada mais existiu do que esse grande momento. Momentos que o passado sustentou, isso que guardo em memória, por tempos que nem eu sei medir. Situações belas que lanças fora, por outras que entendes melhor. Gostava de te entender, mas és impossível, e não consigo esquecer a tua expressão… tantas situações que desconheço o nome e nome não tenho para atribuir. Foste sem dúvida a força das forças na minha vida, um marco com potente referência. Marcaste-me certamente. Passaram vários meses mas recordo-te, como se fosse à bocado! Expresso aqui o meu carinho por ti, aquele que detestas, por vir de minha parte, melhor seria odiar-te!!! Fiquei dividido entre o Logos e as tuas entranhas caóticas, o perfume informe. Metáforas de sentido, por um outro campo, por ti acolhido, não sei se o melhor. Triste indigência do tempo, destruiu a força viva e actuante que nos imprimia e a vida foi moldada por outra situação. Situações em permanente actividade. Felizes os momentos que nos tomaram, forças achadas na lei do acaso, sem que a revelação dessas mesmas estivessem na base de alguma cultura. Não poderás entender o que não possui entendimento. Neste espaço, neste tempo, desejo ficar no silêncio, uma vez que a realidade é inabarcável pela razão, mas disponível, propícia para a voz do sentimento, isso que de certa forma escondeste (certamente por medo de te envolveres). Não poderei dizer mal do que me agrada, apenas sustento as pegadas num tempo, para mim, sagrado. Dou continuidade aos fragmentos do perfume e desvio-me das mentalidades passadas, retrógradas… isso não faz a minha maneira de ser. Da tua já não sei!Foram momentos de considerado esplendor, fundamentais para um bem-estar, activando a imagem mais pura da razão, pelas pegadas que enformam a luz intelectual. Dedicado a ti, P. P., com os sabores da saudade que possibilitam a escrita, ainda que taralhoca! Abraço.
09.09.2006 - 10:17h
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