terça-feira, 3 de julho de 2007

DIANTE DE UM SIMPLES OLHAR

Desabrocham os meus pensamentos, neste furacão de dentro de mim, para te agradecer essas palavras preciosas, para te dizer o que ninguém te pode dizer, simplesmente inteirar-me dessa explêndida beleza, onde por aqui, desenho com palavras o amor, visto nas pupilas profundamente fixas, que refletem cílios longos de prazer, entre estas pestanas grossas e sobrancelhas arqueadas, pelas pálpebras largas.Levemente aqui, para ti, por estes lábios carnudos, sensuais, onde me acerco do silêncio que ninguém poderá falar. Termino não terminando absolutamente nada... tudo o que te disse é verdade! Sim, sou capaz de fazer a viagem que te disse, ainda que palavras indecorosas agucem o vago do corpo metalizado. Impressões toldam-me a alma e a tua voz agita-me, profundamente, todo o meu ser se contrai e o fenómeno é apenas cerebral. Vivo por aqui, feito uma borboleta esvoaçando, pensando em ti e em mutações de cores repentinas, neste silêncio que me fita, indo de acordo ao meu sarcasmo salutar. Questões absurdas levantam-se, algumas são utopia de cérebros doentios, outras são apenas aplauso secreto e distinto pelo reverso de um mal aparente. Este é um mundo de coisas, carregado de destino, de reservas e acolhimentos. Tu, continuas a ser quem muito amo, a inspiração para todos os alívios, o capítulo do ouro que se postula pela existência, ainda que te atrapalhes diante de um simples olhar.

01.10.2006 - 13:30h

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