sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

DÚVIDAS E MEMÓRIA DESTILADA

O pensamento possui a sua duração, melhor, o aparelho que o executa. Hoje pude olhar alguém, sim, olhar e debruçar-me um pouco mais e relfectir acerca dos conteúdos mentais que são armazenados na mente e que com o tempo desaparecem para sempre, sem que possa mais se administrado os serviços mentais, independente dos procedimentos que se venham a ter. Nada a fazer. Fala-se e diz-se das situações.
Tenho conhecido pessoas novas nos últimos tempo, e à medida que isto vai acontecendo, vejo que, cada vez estou mais distante do humano, desde os familiares, até aos conhecidos. É interessante! Mas, o melhor de tudo isto é a maneira com que se lida com as situações e ou a credibilidade conferida.
Todos os dias após acordar é um mundo novo que se exibe e nada mais posso fazer... estados de memória e pensamento a executar para uma nova tarefa. A vida está cheia de tarefas, todas muito limitadas, sem que sirvam para nada... tudo é um lixo de certo modo disposto, como obra de arte, para enganar. Aliás, a própria vida é um engano e dela diz-se tudo e esse tudo tornado todo, para nada serve! O que serve é o momentâneo enquanto vivenciado, o resto de nada serve. Infelizmente nem tudo se ajusta e os ajustes sofrem da tensão do desajustamento. Caminha-se para o desmembramento das situações aferidas pelos sentidos.
Todos os dias interrogo-me e perco-me em futilidades, ficando cada vez mais longe de mim! Nada tenho, apenas possuo um corpo que será lançado aos vermes, como todos os que já foram e os que estão para ir... tudo será elemento da natureza.
O que estamos todos nós a fazer? O que resta é enganar... nada mais pode ser feito, nem mudar o tal deus ou propósitos da natureza. Absolutamente nada! E eu quem sou? Porque sou assim? Porque sinto tudo isto? Para que me serve tudo isto? Será que sou desejável por alguém? Quem gosta de mim? Quem ? Ilusões e mais nada... proferem-se palavras para fazer jeito, sim, foi isso que vi naquele dia! O resto é um faz-de-conta! As contas são muitas e o meu descontentamento é cada vez mais acentuado, mesmo assim para nada serve.
As horas são ingredientes do tempo e eu sou parte desse grande lugar! Agora chega disso, cansei e preciso dormir, mas melhor era não dormir, terei todo o tempo para dormir quando morrer, sim, e a morte é certa, é mesmo e não resta dúvida nenhuma. Daqui a uns anos, todos estes que aqui estão, já não existem, são pó, terra e nada. Sim, as imagens desaparecerão e nem isso fica na memória e o que ficou para nada serve. Tens dúvidas? Não tenho nenhumas mesmo. Estou um pedaço cansado... vou então no destilamento da noite.

29.12.2006 - Algarve - 02:23h
Samuel, o Ventoso

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

EXISTEM SITUAÇÕES

Existem coisas que eu gostava de acreditar, existem coisas que coloquei de lado para todo o sempre, coisas que nada mais me dizem o quer que seja… o seu tempo passou o prazo de validade. A vida continua outras situações morreram para sempre, nada mais a fazer o quer que seja.
Nada mais me incomoda, nada mais mexe comigo como em outros tempos, apenas o gelo do Norte fechou o meu coração, ficou cerrado e de tão fechado ficou apático.
Continue a vida, continue todo o sistema, continue a caminhada, continue a pensar dessa maneira, mas sinceramente nada mais continua. Não é necessário perder mais tempo com o que não funciona. É verdade, sabes que é assim.
Tal como naquele dia, passo hoje à fase seguinte e pincelo um novo rosto, dou forma a um novo sentimento a uma nova vontade e deixo em aberto os gritos dos dias de ninguém, como se alguém que existisse ainda fizesse sentido dentro do não sentido. Entendo que enganei-me naqueles dias, entendo que tudo foi mentira, que nada mais parece o que foi… entendo que tudo não passou do passado dos nomes e das brevidades e que ninguém merece algumas das minhas atenções. Pouco me estou a preocupar com isso… para que serve mandar mensagens a quem nem me responde? A quem nem consegue dizer algo, por razões que eu nem entendo? Alguma vez tinha de entender alguma coisa? Nada… apenas vou deixar as coisas tal como estão e fazer a minha caminhada, acender outra luz e sorrir com quem se mantém à minha beira. A esses deixo um presente de amizade, com um laço azul, cheio de amor, cheio de atenção. Mais do que um obrigado, o meu reconhecimento pela forma amistosa de bons tratos. A vida é mesmo assim… sim, sei que deixou de ser amigo, certamente era porque nunca o foi e se fala mal dos outros, então o que falará de mim? Dúvidas? Nenhumas. E tu tens dúvidas? Melhor tornar a pensar e avaliar as situações em causa… Bem, estou mesmo à beirinha das férias. Não te esqueças que existem coisas que nos fazem pensar… sempre e sempre. Depois e mais ainda.

Porto, 19 de Dezembro de 2006 – 15:13h
Samuel, o Ventoso

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

EM RESPOSTA A UMA CARTA

Realidades e algumas versatilidades nas respostas que se apresentam aos poucos na senda da caminhada… que carta excelente ao Pai Natal meu amigo dos tempos da magia e do luar das beiras! Ao ler essa carta minuciosa, senti vontade de chorar por palavras tão profundas e por teres conseguido emocionar-me. Confesso que fiquei bastante emocionado, pela maneira como dizes coisas tão verdadeiras, tão profundas e tão cheias de sentido... as tuas palavras em todos os sentidos mostram a realidade da vida, nua e crua. E tanto mais fica por mostrar aos estúpidos de espírito… É isso mesmo, somos como somos e isso é tão normal como o que se possa pensar, apesar das voltas que se vai dando no adro da existência. Tudo isso faz parte de cada qual, ninguém escolheu ser uma coisa ou outra, mas penso que todos têm o direito a serem felizes, tal qual como são. Se és negro, és o que és? Não gostam de ti? Pois… existem outras coisas mais para fazer do que estar a ligar a isso ou a qualquer outro tipo de virtude. E sinceramente os outros deixem as pessoas serem felizes como a sua essência o apresenta, isso é que interessa, isso é que é ser humano. Estou sempre contigo até ao meu último fôlego de vida, apesar da cor das telas e a disposição dos valores. Crê. Agora o Pai Natal, esse, enfim… é como as velhas que estão na missa, sempre a falar mal, mas de roupagem de alegrar o olho e a dar presentes, talvez alguns envenenados. Malícias, sabes?
Que todos os teus desejos sejam cumpridos porque tu mereces, porque és uma pessoa maravilhosa, talvez esse algo de mais belo que conheci este ano, claro não desfazendo de outras pessoas. Li tudo o que escreveste e neste momento ao escrever-te isto, confesso, as lágrimas caem-me, talvez seja bom, talvez esteja a acontecer aquilo que faz tempo não acontecia. Tu conheces-me um pedaço, sim, conheces, mas ainda resta muito. Obrigado por toda a tua atenção, por teres sido sempre um amigo e acredita que te prezo imenso.
A música que escolheste como fundo auditivo é profunda, gostei muito, amei, bem como o postal seleccionado. Desculpa os desabafos mas hoje nem tenho palavras para descrever o meu estado de espírito. Estou a dizer-te porque sei que o posso fazer contigo e aqui fica registado. São os meus registos e certamente muitos irão incomodar-se com este escrito, talvez tenham uma crise de ciúmes… pois, mas eu caguei nessas coisas, e estou noutra fase! O meu blog sofreu uma ligeira alteração, mas continua a ser o meu caixote de lixo, desculpa a expressão. É para aqui que despejo tudo ou quase tudo o que me passa, é tipo terapia, uma catarse pela escrita. Brevemente irei de férias, irei sim, por essas terras, agora para o Sul... quero contudo que este Natal seja bem passado, certamente com o teu amor, que digo ser uma pessoa excelente, sempre foi desde a primeira hora, foi outra pessoa que também adorei conhecer. Pessoas existem muitas mas nem todas são dignas da nossa atenção. Sabes que é verdade. Que muitas bênçãos possam cair sobre vós. Para vós desejo o melhor do mundo. (As lágrimas continuam a correr-me lentamente). Pai Natal? Sim, só para as crianças, ele não sei se acompanha a evolução, ele está lá, mas é algo feito à medida de uma cultura retrógrada, só que as pessoas não querem ver a realidade, preferem viver nos estados de estupidez, de ignorância e abotoadas, com umas palas em cada lado. Acredita amigo, esta é a realidade e as desculpas para tudo são muitas, servem a todos os interesses. Continuamos nós a lutar por tudo o que gostamos e amamos, é isto que dá sentido à vida. Sabes, estou com saudades de vós, dos cafés e das conversas excelentes. Muitas saudades... olha, desculpa, vou telefonar-te apenas para te dar um olá, a ti e ao teu amor, que desde a primeira hora me tratou com modos sempre muito agradáveis. Obrigado a vós.
Vou ligar-te… marco o número tal… e se não atenderes, paciência, compreendo que não possas, que tenhas os teus afazeres, como toda a gente. Mas quero dizer-te que gosto muito de ti e neste mesmo desabafo ficaria em paz para todo o sempre se as palavras fossem realidades executáveis. Mais uma vez obrigado por tudo o que tens sido para mim até ao dia de hoje. Bem hajas! Abraços para ti e para o teu amor. Adoro-vos, sabias?. Quando puderem, vamos tomar um café, ou jantar, o convite está feito… nada de preocupações, sou eu que pago, ok? Bem, se não nos virmos, desejo-vos um Feliz Natal e que a paz esteja sempre convosco. (Mais uma lágrima, foi uma estrela que se acendeu, outras se acenderão depois ... ) Até para o ano e bom ano de 2007 se deus entender, se não entender eu explico melhor.

Porto, 18 de Dezembro de 2006 – 11:26h
Samuel, o Ventoso, agora em:
http://horassemnome.blogspot.com

CONSTRUÇÃO DESCONSTRUTIVA

Não poderás entender aquilo de que não falo, o invólucro da palavra sustenta o intemporal, transporta-me ao princípio, íntegro, total, ao lugar sem movimento, onde nada quero. Todo o meu querer é uma luta de estilhaços, onde me rendo ante os disparos da revolta. Olho-te apenas e não digo nada, apenas todos os nomes me ocorrem à mente, fruto do constante desespero onde caminhas.
Tenho a minha experiência, tu a tua… temos a nossa, não pode ser outra. Apenas sinto que os rituais comuns não me preenchem, pouco me edificam e o valor que houvera aplicado a alguém apenas foi mentira, consciência de lugar impróprio. Esse modo de ser fez-me desacreditar em ti, corrompeu as minhas intuições, passando-me uma vez mais um atestado de burrice!
Falei do teu corpo, do invólucro, apenas foi um sonho de fantasmas, num abraço de profunda ingratidão.
Essa maneira de ser sempre foi falsa para comigo, ainda que te lamentasses constantemente pelo teu pessimismo.
A tua consciência sempre foi um interesse por sentimentos intuitivos e construção de sentimentos de carneiro mal morto.
Esse choro não serve para nada, apenas para enganar e para que tenham pena de ti. Coitado de quem espera afecto de quem é ingrato, de quem liga só por interesse, prometendo o que nunca cumpre.
Não te prometo nada, dispenso o teu olhar porque é falso, não que esteja a falar mal, apenas a desabafar. Muitos são os meus desabafos, pela geometria das palavras, sem que precise dos teus abraços porque são falsos e muitas vezes penso na morte como o único consolo, o real de tudo o que é pelo seu fim último.
Dou comigo a valorizar o que não presta, agora sinto que me enganei, sinto que o tempo transformou as situações e as histórias da vida são gigantescas emoções. Histórias… algumas sem significado face à luz de todos os instantes.
Vim ao café, o cenário do costume, copos e tabaco, aquelas conversas da treta, triviais, coscuvilhice, as tias ali, acolá… tudo isso nada me diz, apenas me enoja. Apenas sinto saudade, essa irremediável, pela exclusão das partes da validade.


Porto, 17.12.2006 – 23:52h
Samuel, o Ventoso

domingo, 17 de dezembro de 2006

SITUAÇÕES QUE SURGEM



Tal qual o que por aqui encontrei... gente com uma cara assim parecida com este Pai Natal que se me apresenta ao olhar. O parque de estacionamento cheio, quase não se podia circular. Enfim, não fosse isto tempo de Natal, melhor, tempo de materialismo. O segurança, espantado a olhar, as pessoas numa confusão e ele ali especado sem saber o que fazer a tentar justificar com mecanismos de defesa do ego, acabando por se irritar. Nem te conto nem te digo... com cada figura que vi que até assusta. Melhores figuras ainda se fazem passar por estes lados e por outros, claro. Eu sempre a andar, sempre... depois escrever um pedaço enquanto tomava café. Almoçar, por acaso fui bem servido e nada de confusões. O cafezinho e a guerra dos lugares como sempre. É difícil encontrar uma mesa, tudo ocupado enquanto estão na fila, só que os que já estão à frente e com o tabuleiro nas mãos têm prioridade penso eu... e depois como é? Os outros é que estão a ocupar o lugar a que não têm direito querendo fazer valer esse direito? Está mal! Quem está à frente com o tabuleiro nas mãos com a refeição tem o direito a ter essa mesa que está ocupada pelos acompanhantes desse que está na fila e que está atrás. Enfim... uns murros no focinho e talvez aprendam. Coloque-se esse no lugar dos outros que tem de imediato a resposta!
Por aqui só se vê situações destas. Mas e onde andam os meus amigos? Desaparecidos, enfim, compreendo. Alguns convido para tomar um café mas nunca têm tempo, melhor, só têm tempo para o que querem, para o que lhes convém. É assim a sua forma de procedimento, já conheço disto há muito tempo. Sinceramente, melhor é não convidar mais. As desculpas fabricam-se para o que convém.
Entendo que se não gostasse deles nem perguntava, certamente não será a posição de alguns. Chega de espíritos maquiavélicos e bodes expiatórios... Vamos aprendendo com as situações que vão surgindo no decurso da vida, as simples do dia a dia. Destas coisas até se escrevem poemas e textos de enfeitar... Também gosto de estar só e nada espero de ninguém, isto para depois não sofrer desilusões. Já tive tantas, certamente tu também!
Mas, enfim... agora vou movimentar-me mais um pedaço de depois vou para casa. Logo falamos quando for possível, se for possível, alguns nem estão afim.


Grande Porto(Parque Nascente), 17 de Dezembro de 2006 - 16:33h
Samuel, o Ventoso

sábado, 16 de dezembro de 2006

MOMENTOS DO TEU NOME

Nas palavras encetadas do encontro perfeito, celebrei uma vez mais a perfeição, recortando da memória as cinzas do passado! Recortando sim, porque todo o resto é por breve passagem... Aquela fogueira foi elevada, a mesa coberta de presentes, tu foste o maior, tomaste todo o meu ser e nele hoje outras coisas pude ver! Fogo excelente depois do momento da breve noite, depois de ter ido passear e olhar-te profundamente, depois de ter tocado os livros da montra, de me ter enchido das tuas palavras, uma a uma... Confesso que são belas, bonitas, depois de te ter dito aquilo, tão docente! Fizeste a leitura, bebeste do meu ser, tornaste a ler-me e a adormecer. Palavras que encheram o meu coração, em profundidade, com o rigor, a amizade e aquele vendaval da saudade esfoliado ao acaso. Isso e tanto mais. Por vezes mudas e mudas assim repentinamente que me fazes pensar, deixas-me fora de mim, sem palavras e sem saber como agir. Sempre fazes desde aquele dia, desde aquele olhar, desde aquela atitude... desde tudo aquilo que não tem nome. O nada de um duplo nada, apenas para me arreliar. Seja como for, apenas tem o teu nome... espero que tenhas entendido a minha mensagem. Sim, porque a outra que te enviei não teve resposta, é por isso que ainda que possa acreditar em ti, fico com um pé atrás e outro à frente e sem vontade para lutar por o que me apresentas. Apenas fico quieto no tempo, esperando e desesperando. Nada tens de diferente, eu é que quis ver o que na realidade não existia. Bem... o tempo ensinará com o seu método. Agora pensa pela tua cabeça, faz um exame de consciência, acaso tenhas, porque em abono da verdade nunca tens.

Porto, 16 de Dezembro de 2006 - 23:58h
Samuel, o Ventoso

IMPLICÂNCIA GRATUÍTA


Dor sem nome
Morte que assusta
Gritos...!
Alguém que mata
Violência absoluta
Destino sem nome
Caminhada...
Ruptura do silêncio
Ditadura sem rosto.

Desta e de outra maneira
Esta forma de sentir...
Este gostar que detesto
Isto mesmo quando não presto
Porque apenas detesto.

Detesto gostar de ti
Saber-te desse modo
Detesto a tua aproximação
Detesto chamar-te à atenção
Detesto essa forma cínica
Detesto-me porque te conheci.

Chama-lhe nomes... todos
Anexa-lhe a vontade imprópria,
Todos os tramas da existência
Elimina-me do teu mundo...!
Apenas quero dormir eternamente.

É impróprio todo o meu ser
O carinho que por ti senti,
A morte das palavras, dos sonhos
Esta mistura inicial...
Abismo da extensão
Devastador sentimento do amor.

Raiva de toda a focagem...
Chama-lhe pessimismo,
Tudo o que entenderes
Isso que não posso entender!
É apenas espera
Tristeza por existir e sentir,
Este pedregulho que me entope.

Representação inquieta do olhar,
Medida desmedida...
Apenas este choro, sem voto
Na plenitude do silêncio.

Sou alguém impróprio para ti,
Tu matas todo o meu ser...
Pelo que dizes e ocultas!
Apenas lamento sentir isto,
Antes fosse eu a morte...
E o silêncio era a minha voz...
O todo de toda a felicidade sentida
Dentro de mim... dentro de nós.


Grande Porto, 16 de Dezembro de 2006 - 19:50h
Escrito no Parque Nascente - 3º piso
Samuel, o Ventoso

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

HORAS SEM NOME

Horas sem nome, com nome ou sem nome... é no nome em que me encontro para te dizer o que ainda não disse, porque não tinha o respectivo nome e a rua dos nomes foi desviada, levada para outro local, por alguém que quis roubar o impulso vital, o que não era permitido pelos deuses. Aconteceu!... Acontecem muitas situações logo ao passar na outra rua.
A vida é mesmo assim, uma estranheza constante... em que por vezes alguém desvia o que não é seu, apenas por gozo interior, o gozo que não entendo. Esse gozo por vezes é tomado pelo uso da má língua, deformando a verdadeira realidade. Roubas tudo e no tempo continuas sem nada... eu, continuo no tempo para ficar a teu lado, sem lado algum, agora sem nome, mas entre as fronteiras, anotando horas sem nome.
Tal como te disse naquele dia, o novo caminho faz-se caminhando, mudando as cores, desbravando sentidos fechados, fechando outros que não interessam... faz-se com empenho aquilo para o qual se tende, ainda que alguns se aproveitem nos nomes sem nome, como foi o caso da "Rua dos Nomes"! Sim, foi logo a seguir ao seu cancelamento. Este é o novo restauro em epígrafe! Agora, são horas sem nome, talvez mergulhado no verdadeiro silêncio inquietante, aquele que faz pensar, pelo qual se escreve, pelo qual a vida toma outro sentido entre tantos sentidos ao acaso. Horas sem nome entre a fronteira do desconhecido para conheceres algo mais profundo, o que guardo para ti... ainda que o silêncio tome o teu percurso.

Porto, 15 de Dezembro de 2006 - 19:31h
Samuel, o Ventoso

domingo, 10 de dezembro de 2006

INTENSIDADE DA EXISTÊNCIA

A existência tem os seus limites e as suas formas apenas exibem contornos... Samuel, o Ventoso - Rua dos Nomes
Dentro de mim, aquela luz, aquele sorriso… a autoridade da existência. Esta é a minha realidade psicológica, tomada à luz dos limites do meu pensamento. Tomo-me nesta convergência quase inacabada, por vezes esquecida, mas feita de conceitos. Deixo-me contaminar por uma outra iluminação… pela descoberta, pela meditação e hoje a minha mente manteve-se fiel a mim, colocando de lado o absolutamente inútil.
Estou tranquilo e silencioso e entendo o desnecessário como lixo…
Desabrocha naquele horizonte algo que me preenche, algo que me acolhe, algo mais forte do que tudo o que antes houvera pensado, algo que me faz sentir bem… sem que precise pensar no lixo! Dentro de mim ergue-se um outro mundo, onde o desafio é a prova de mim mesmo, por uma superação de ordem maior… As coisas menores não me edificam em nada e mendigar caridade é descer a um nível bastante baixo. Isso não. A descoberta da vida é em mim e não no outro… cada um faz as suas escolhas e o caminho é sempre em frente. Este é o meu processo de pensar porque com os condicionalismo não vou a lado nenhum e pensar exageradamente neles ainda me rouba mais a liberdade. Continuo de mente livre, desentupida, lançada na serenidade da matéria. Não preciso dessas coisas nem de te dizer mais nada, tu apenas procede como entenderes, se és meu amigo, não preciso chamar-te à atenção para nada; sabes bem como sou e lembras sempre de mim. Nada de sentimentalismos, nada de constrangimentos, apenas realismo… a vida é mesmo uma breve realidade na praça pública. Neste meu espaço celebro o meu silêncio, sem mais preocupações, sem mais pitada de dor, apenas intensidade de existência e sabor.

Porto, 10 de Dezembro de 2006 – 23:08h
Samuel Bastos Ventoso

GOTA DE SAUDADE E DOR

A tua ausência transporta-me para lugares do desespero e da saudade...

Uma gota, uma saudade
Uma verdade sem nome...
Uma gota que caiu sobre mim,
Neste chão, com o sangue da alma.

De uma só vez, em duas vezes,
O nada que solidificou...
Deixou a ausência de tudo
Aquilo cujo entendimento escapa.

Meus braços, partes de mim,
Envolvem o labirinto...
Das coisas todas de ausência
Aos pontos que não consigo focar...
Este mundo estranho, oculto
Isso onde mergulhas, onde resides
Talvez o teu nada, essa dor
A dor que se transforma...
Numa rosa caida, na terra do amor.

Porto, 10 de Dezembro de 2006 - 08:02h
Samuel, o Ventoso

P.S. Com interesse por este espaço oculto . Hoje um pedaço cansado por este tempo, por esta quadra de natal, pelas montras, pelas músicas e por todas as fachadas que observo do decurso destes tempos. Confesso que tudo isto repugna-me, transportando-me para outros horizontes, desenquadrados de toda esta estrutura. Estes muros festivos, materialistas, destituído dos bons princípios são apenas barrocas tradições que tentam misturar a verdade e a mentira, aproveitando as boas intenções e os corações amolecidos para assim, explorar o zé povinho; este que anda sempre pronto para os festejos da rua e da filosofia da treta, os tais ditos modelos arcaicos. Olho a tudo isto e vejo que não possuo indentificação com tais situações, mas infelizmente estou numa sociedade que não escolhi... e fica mal algumas coisas... não tenho culpa de ser assim. Sou o que sou não sendo o que sou! Depois falamos, quando houver oportunidade e se esta possuir enquadramento possível. Nada de conclusões precipitadas...

sábado, 9 de dezembro de 2006

IMOBILIDADE DE IMAGEM

Imobilidade de imagem, memória desfragmentada... Samuel, o Ventoso, na Rua dos Nomes
A memória parece-me mais sólida quando as imagens pulsam, quando a sensibilidade toca a melodia desfragmentada, por vezes em volume elevado. Elevo a música para esquecer a vida e o desconcerto. Lembro a última carta que me enviaste, não vi nela nenhum brilho, nem razão de ser, apenas letras ao acaso, cheias de autoritarismo... mas isso é comum em ti. Não tenho dúvidas disso! Inventas desculpas para o corpo e colocas-me onde eu não existo, queres que assim seja, queres que seja aquilo que não sou. Lamento muitas vezes e fecho-me no meu espaço privado e não te digo mais nada. Não inventes mais por favor, pensa pela tua cabeça e deixa-te de palermices...
Olho as tuas imagens, é linda essa imagem que colocaste no telemóvel, não tenho palavras e as lágrimas que por vezes derramas, também me surgem... têm uma função específica como tudo na vida, limpam a vista e apaziguam o coração. A tua escrita também... temos isso em comum, contorna-nos o coração. Hoje sinto um misto de tristeza e nem me apetece sair de casa, nem proferir uma palavra daquelas, apenas fico comigo, só, como se nada mais no mundo existisse.
Palavras e lágrimas, esta dualidade, isto que aos poucos se derrama, por aqui, por ali e de muitas formas e por vezes não servem para nada, quando na maioria das vezes retemperam o ego. Estou sozinho, metido no meu mundo, fechado nesta casa, no meu quatro, apenas com o meu computador, os livros, nada mais. A música ouve-se ao fundo e o aquecimento está ligado. O telemóvel toca, não vou atender, mas o vazio continua a ser mais intenso... tal qual ontem à noite naquela conversa que tivemos no parque nascente, sim, enquanto tomávamos café. Fizeste-me pensar... fiquei com medo. Não sei o que fazer, mas é uma realidade. Tu tens outras capacidades que eu não tenho, por isso, certamente serei um anormal. Não era capaz de proceder desse modo e muitos fazem o que tu fazes. Não terei eu direito à vida? Interrogo-me todos os dias.
Sim, estou sozinho e nada espero, de ti muito menos, já vi o tipo de pessoa que és e com essa esquisitice não irás a lado nenhum comigo!
Lanço as palavras, grito e ainda profiro uma última palavra como se fosse a salvação da minha vida, mas tudo me parece cada vez mais vazio... são os olhares, os amores sem amor! Melhor será afastar-me para não incomodar ou sentir-me a mais. Vazios intempestivos tomam-me para uma tempestade maior! Olhares, e formas da vida como te disse, com o pulsar do coração, o meu despedaçado, sem mais concerto... estas são palavras e todas as outras palavras parecem-me não servirem para nada. E tu para que serves? E tu que dizes de tudo isto? Não dizes nada! Tudo o que digas não serve para nada, porque apenas desacreditei em tudo, em ti também. A possibilidade fechou e nada espero de ninguém. Continuas a escrever, tal como eu... escreves... enfim... Escreve porque serve de terapia. Escreve... farei o mesmo porque não tenho mais palavras para usar enquanto o meu corpo não explode.
A temperatura baixou, incapacita a produção da adrenalina nas minhas veias. A roupa não me permite muitos movimentos e o horizonte é uma linha de sonhos vazios que encerra o meu sorriso. Assim passa a vida, onde de tudo o que resta são poeiras, sem que a razão sirva para alguma coisa e o jogo é sempre o da verdade e da mentira, num recado sem conteúdo, impróprio, como a maioria das pessoas, apenas imobilidade de de situação imagética.

Porto, 09 de Dezembro de 2006 - 17:23h
Samuel, o Ventoso

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

NAVEGAÇÃO NOCTURNA

Navegação nocturna na Rua dos Nomes, no mês de Dezembro de 2006.... Samuel Bastos Ventoso
Navegação, sim, um pedaço de navegação e desta vez nocturna, por caminhos sem destino, alguns sem nome ou até mesmo impróprios. Ontem andei por aqui, agora por outros lados, apesar do temporal que se fez sentir hoje. Água por todo o lado… apanhei uma chuvada que fiquei que nem um pintainho… também tem de lavar a pena!
Um lugar por definir, uma passagem sem passar e a pensar e tanto mais fico eu que nem posso precisar o nome correcto.
Um dia praticamente em casa, a ver a chuva lá fora e a ouvir o som da mesma em cima do tecto. O vento não deixou de soprar… Interessante, só não gostei do cão da vizinha, lá fora a uivar, no seu desespero à chuva… aquela música já aborrece, confesso. Depois passei imenso tempo na Net, navegando, teclando e outras coisas mais. Fiz imenso, apesar de algumas situações terem passado ao lado. Claro sempre com música e o aquecimento ligado foi bem melhor. Enfim... coisas, situações e mais outras situações seguidas de momentos sem palavras à espera que o telemóvel tocasse. As horas correram em demasia e fui para o carro, melhor, para a banheira, sim, já esquecia é que levei a filosofia de banheiro comigo, é um livro muito agradável mas detestável para os alunos… tudo parece que virou piscina dentro do meu carro. Enfim, não entendo que serviço fazem alguns mecânicos quando dizem que resolvem o problema e ainda por cima se paga para isso. Ou fica bem ou melhor não mexer!
Situações e navegações por mares de carros tornados piscina ambulante, com a tal dita filosofia de banheiro! A peça estragou muito rápido, sim rápido demais ou na volta foi colocada uma velha, dita e tomada esta por nova, claro que eu não vou lá ver se é velha ou nova… mais uma cena aborrecida, mas tudo se resolve e agora com muita água até acalma os incêndios todos!.
Situações que por vezes são aborrecidas…

Destas e de outras estou mesmo farto e nem os mecanismos do ego funcionam... claro tem sempre um para resolver o problema, é quando menos se espera que ele actua! Não tenho assunto para de viva voz colocar-me na tanga, já aborrece aquela música e claro, vou para a navegação nocturna e responder a provocações não é comigo, tenho mais que fazer. Pois que pense cada qual o que bem entenda e tire o proveito do lixo mental que produzir… sei como isso é… navegação nocturna.

Grande Porto (Parque Nascente), 07 de Dezembro de 2006 - 22:18h
Samuel, o Ventoso

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

PERANTE A NOITE QUE SE SERVE

Na rua dos nomes acontece coisas mesmo sem nome...
Parado perante os escritos, perante a noite, apenas observando e escrevendo. Apenas isso porque o resto nada serve colocar para fora e ligar para quem quer que seja, pouco adianta, as desculpas e os pretextos são aos montes e pouco me agradam. Nada mais serve para nada quando as vontades não ajudam ou apenas servem para o que não interessa. Agora diz que é mentira... já percebi o filme todo.
Na rua de nomes, mas sem o nome, sem aquilo que ficou lá! Pois... é tarde, já muito tarde e ainda sem sono. Depois das conversas fiquei assim e precisava dizer aquilo que não vou dizer. Sim, não digo... terei de reconduzir para outro espaço. É verdade! É mesmo assim... entendi hoje que é mesmo assim. É bom dizer aquilo que desejam que se diga e não dizer a outra coisa. Mesmo assim, e desta maneira... vou para outro lado então e dar uma volta de carro pela noite para ver as estrelas, mesmo entre a chuva e as outras situações.
A rua está cheia de água e as pessoas acolheram todas em casa e eu estou fora de prazo de validade. É um facto... melhor não dizer mais nada porque se o disser a chuva começa a cair torrencialente. Já percebi que é mesmo assim. Não vou dizer mais nada nem pedir o quer que seja, nem pedir para ires tomar café comigo. Não estou para mais essas atitudes insensíveis... pois pessoas dessa forma não faltam, é o que mais existe com fartura.

Porto, 06 de Dezembro de 2006 - 02:34h
Samuel, o Ventoso

domingo, 3 de dezembro de 2006

NA CHAMA DAS PALAVRAS


Quero deixar-te uma mensagem, mas todas as palavras escapam ao meu sentimento, apenas ouço a música que me enche os poros, elevando-me a uma instância superior. Talvez por estarmos na quadra natalícia, por estar distante dos meus novos amigos e por ver que afinal algum esforço empregue não colhe! Não tem nome tudo isto, apenas está na minha rua uma marca. Além mais adiante pulsa uma deusa ou um deus mirando o meu olhar, o meu corpo e os modos como actuo.
Venho da rua, da cidade, sim, da capital. Estes dias andei por cá, corri, fui às compras, produzi-me por momentos, decorei a alma e ainda fiquei mais elevado, vi novas realidades e a realidade apenas é uma. Sou eu igual a mim mesmo, digam o que disserem e aprendi nesta pequena meditação que o mais importante reside em mim, apenas tenho de saber fazer a gestão das minhas emoções, são elas que dirigem todo o meu ser na relação com os outros, sim, aqui na minha rua, independentemente do estado que me possa encontrar, com ou sem roupa.
Quero dizer-te que cheguei entre as folhas e as luzes, entre as palavras e os sons e tu preencheste a minha alma por momentos, mas confesso que apenas foi um sonho… nada mais do que isso. Amanhã estou de volta ao Porto, levo pedaços destas zonas, sabores e fotos… levo tudo e não levo nada!
Bem, arrumações, papéis no sitio, livros na mochila, computador na pasta, e tudo pronto para a caminhada… já esquecia, levar um cd’s para ouvir pelo caminho no carro. Sabe bem uma boa música e não espero ir de prego o fundo, apesar de ter um pé muito pesado… sim, conduzir é algo que me agrada bastante.
Toda a minha alegria é a alegria de estar em vida, tendo à minha beira pessoas de que gosto e que gostam de mim. Obrigado pelas vossas palavras… merecem algo mais do que se possa dizer. Assim, na companhia agradável, o Natal, certamente fará sentido e o sentido tomou a grande realidade da vida… o viver com gosto, ainda que surjam por vezes situações enjoativas. Bem, o jantar está à minha espera… mais um post, mais umas palavras para ti! Mais e mais e agora vou para os teclados passar os dedos pelas teclas e produzir uns sons que te dedico. Feliz Natal é sempre que se entenda… Muita paz e até depois…

Lisboa, 03 de Dezembro de 2006 – 18:52h
Samuel o Ventoso

sábado, 2 de dezembro de 2006

NAVEGANDO NO TEU SILÊNCIO

As tuas palavras tocam-me, estão cheias de conteúdo significativo, belo... algo que de tão belo se desfaz e perde-se no nada, restando a saudade. Saudade de memórias de cemitério, a um mundo abandonado… cancelado!
O que resta de tudo isto amigo? Como entendo as tuas palavras e tomo em mim esse teu sentir, sustentado por um aqui e agora muito forte. Outros surgirão sem que entendas, num dia que menos esperas.
Tu tens um mundo muito grande dentro de ti e bastante bonito, reúnes em ti capacidades maravilhosas.
Leio-te imensas vezes, percorro de fio a pavio essas letras e entendo o que sentes… só que a vida é algo mais do que tudo isso, algo que ultrapassa fronteiras. É necessário por vezes pensar o que é melhor para nós, só que os sentimentos por vezes não nos possibilitam ver isso acontecer… E todo esse pensamento toma conta de nós, fazendo crer que isso é mesmo o mais importante de tudo o que existe.
Agora vou navegar no silêncio das tuas palavras.

01 de Dezembro de 2006 - 23:54h
Samuel, o Ventoso

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

À PORTAS DO NATAL...


Finalmente! Problema resolvido... sistema desbloqueado e tudo a funcionar. Às portas do Natal, levando uma mensagem, a minha mensagem para ti é especial, entendo que cada um pense por si, olhe em seu torno, ali mesmo à beirinha e reflicta, no significado da quadra que atravessamos e no porquê de tudo o que estamos a ver. Ver com olhos de ver e não repetir tudo aquilo que toda a gente repete, com valores destituídos de sentido, vazios... onde a fé se apresenta como um modo de vida, para dar sentido ao sentido que não se tem. Isto é que é o problema, arranjar um pretexto para fazer valer aquilo de que não tem sentido... explicando (tentando convencer) o que não tem explicação. Depois... missa, rituais e as prendas todas... é o jogo da tradição. Fala-se do amor e do amor não se sabe, continua-se a matar por amor a Deus... e então? É Natal?! Familia, amigos e tudo à volta da árvore de Natal. A música é sempre a mesma, a da tradição... tudo é sempre o mesmo. E todos os anos esquece-se do significado da vida e continua-se a matar. Então? Ainda é Natal? Mas onde é Natal? E qual o significado do Natal para os pobres, os sem-abrigo? Aqueles todos que gemem de frio, nas noites que correm? Como é? O que se faz? Nada, ou muito pouco... vive-se em função de interesses, depois continua a dizer-se que é Natal. Já estou a ver o filme... prefiro ir para outra sala!!!
Já me sinto cansado de tanto ouvir as mesmas músicas, os mesmos filmes, os mesmos rituais... e para que serve tudo isto? Melhor é estar com quem realmente gosto e sem hipocrisias. Mas alguns que se dizem amigos, depois parece que afinal, não eram, ou não era bem assim. Parece que temos que estar todos prontos para agradar, mas é um agradar por repetição! Nesta quadra dá-se lugar ao materialismo, os ditos comércios de shopping! Boa?
Bem... aos meus amigos, desde que estejam comigo, será sempre Natal. Aquele abraço efusivo com carinho, aos que estão comigo e comungam do meu sentimento. Talvez assim seja Natal.

Lisboa, 30 de Novembro de 2006 - 02:13h
Samuel, o Ventoso

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

SISTEMA PESADO

O sistema encontra-se instável, muito lento, demasiadamente lento para o meu agrado. Preciso resolver o problema e as acções executadas não correspondem, não reagem. Tudo é muito moroso, parecendo causar-me uma pequena tensão. A falta de paciência oprime! O sistema torna a bloquear, conflito seguido de conflito, tudo pára, nada evolui, como se eu tivesse dado instruções para tudo parar. Os nervos estão à flor da pele, quase dou um murro no computador… escrevo para aliviar a tensão e o problema não se resolve. Formatar o disco seria o mais indicado, só que neste momento não tenho condições para tal e além do mais, encontro-me em viagem, ainda a meio do caminho. O frio torna-se calor! A esferográfica deixa de escrever, entretanto tenho de colocar a senha no sistema, a bateria fica descarregada e a grande marca é apenas um nome. Uma rua de nomes… Ainda falta aquele click, aquele, sim aquele especial. Lisboa está a meio caminho, a página não abre! O sistema continua ocupado, deve de se estar a masturbar!!! Nada abre, nada encerra, apenas sei que algo não funciona. Brevemente tudo se desliga porque a bateria está muito fraca. O sinal das ligações nem aparece, nada responde, o computador parece ser da idade da pedra! Este é o cúmulo da situação, mesmo absurda… bem, melhor é ir para casa e depois lá, certamente pensarei qual o procedimento mais adequado para resolver o assunto. É necessário pensar as situações. Estou cansado, bem um restauro poderá resolver o problema e desinstalar as aplicações que não uso. Algumas situações não estão definidas e os esquemas parecem-me viciados! Que trabalheira me espera… preciso descansar, isso também é importante; muitas tarefas me esperam e certamente vou conseguir resolver o problema.
O almoço chama-me, depois nas calmas, o restante logo se vê. Por aqui, por ali, bem, o carro hoje já atingiu os 170km/h. Sempre a abrir. Ali naquela mesa alguém fuma, entendo que para mim esse fumar nada me diz, mas para a pessoa em causa, é a melhor coisa que existe, quero contudo não a incomodar, deixar que aproveite bem o fumo, se for necessário fecho a porta para aproveitar melhor ainda o fumo. Gosto muito que os fumadores fumem bastante, é necessário vender tabaco, ganhar e a minha prima precisa também vender medicamentos. He h eh eh
Bem… isto está lindo. Já esquecia, quero enviar um abraço muito grande para os meus muito estimados amigos, o Boyzito e o Desabafos. São pessoas altamente fixes, ontem jantámos todos no Parque Nascente. Sim, o Boyzito assistiu à lentidão do meu portátil. Mas como disse, vou resolver o problema, claro quando chegar a Lisboa. Bem, abraços e beijinhos para vocês que têm estado comigo.

Pombal, 20 de Novembro de 2006 – 11:40h
Samuel, o Ventoso

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

ESPAÇO ACOLHEDOR

O meu espaço sem lugar…
O lugar que se escondeu,
Foi quando ia a passar
Que a luz apareceu…
Foi assim desta maneira
Não entendo a canseira
A noite derradeira…
O luar alçado ao infinito!
Entre milhares de folhas
Ergo o meu grito neste escrito
Expelindo mil bolhas.

Amarrotado agonizo o frio
Ilusão que se vai repetindo
Floreios que vou cavando…
Nesta minha sensibilidade
Passagem crepitante…
É meu este semblante
A foz que me transporta
Ao amor circundante…
Ao vazio que não importa.

Dentro de mim sinto essa dor
Imparável sentimento agitador…
Beleza que guarda a plenitude
Cântico mágico em alaúde…
É meu este espaço, acolhedor.

Porto, 22 de Novembro de 2006 – 19:24h´
Samuel, o Ventoso

terça-feira, 21 de novembro de 2006

NO TEMPO SEM NOME

No tempo sem nome é o nome que te dou...
O cérebro parece-me um escravo do tempo, mais um pouco e tenho que estar na aula... A base de dados da minha memória é gigantesca e a realidade é tangível e o espaço que percorro sustenta alguma promiscuidade, não esquecendo que na rua encontram-se demasiadas situações e algumas bastante duvidosas. A gestão é feita na base de dados, na mente, onde se identificam situações, para que a seguir a comunicação se estabeleça do modo mais correcto! Fui ao meu castelo, olhei aspirei tocar o céu e o mundo espiritual mas vi que o universal não tinha centro, tudo apenas residia dentro de mim, a maneira como penso e sinto. Acordei uma vez mais do sono dogmático e vi que o mundo falava à minha volta e toda a história contava uma situação.
Os valores movem, são pólos de vida ou de morte esquecendo as referências, eu apenas te dou a palavra para que a interiorizes, se quiseres. Vibro nesta minha nova dimensão depois da tarde da angústia e da solidão de ontem. Não me interessa de mais nada, sou o que sou e na matéria tudo é dual.
Experiências com o magnífico, com a consciência e com o alargamento da linguagem. A mente debate e a minha alma conversa... o que sobra é a sensibilidade, a pureza do propósito de estar aqui. Este é o tempo sem nome onde a matéria toma expressão no domínio do ego a um elemento mais equilibrado.

Porto, 21 de Novembro de 2006 - 10:58h
Samuel, o Ventoso

P.S. Ofereço para que ouças em: http://song2play.com/play/song_266238.asx - Sei que já conheces, mas é lindo!

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

PENSAMENTO OU PENSAMENTOS

"O pensamento é uma qualidade própria da alma, que a si mesma se multiplica" - Heraclito

Dedico-te esta citação e pensa o que quiseres, és livre de pensar, tal como de tomares as atitudes que entenderes, os actos serão teus e por tais mostrarás o que és. Aliás, eu já vi o que és, sim, já e não tenho dúvidas. Vejo muito mais do que pensas ainda que o teu pensar se multiplique, doseado por alguma arrogância.
Serve isso para alguma coisa? Entende então para que serve. Boa? Fica bem... adeus e até sempre...!

O tempo passa, continuo a escrever e pensei num blog quase erótico, só isso me poderia fazer pensar de outro modo! Talvez uma crítica seguida de outra crítica ou algo mais onde pudesse descarregar toda a minha raiva... ela também vai acumulando aos poucos, mesmo nestes estados de solidão... faz parte de mim, mas confesso-te, que é quando me apetece escrever mais. O dia chegará certamente ao fim e muita coisa acontecerá! Pensamento ou pensamentos que se desvelarão.

Porto, 20 de Novembro de 2006 - 12:08h
P.S. - A todos os que se lembraram ontem de mim, o meu muito obrigado. Certamente estão no meu coração. Abraços
Samuel, o Ventoso

domingo, 19 de novembro de 2006

UM PASSO DE CADA VEZ... PASSOS

Uma noite em cheio... nada faltou. Amei. Bem, começar a descrever a festa do dia 18 de Novembro, confesso que até me faltam as palavras. Tudo estava tão bem preparado e a harmonia entre os amigos na casa do Boyzito e do Desabafos, conta com o máximo de estrelas. São pessoas espectaculares, tanto um como o outro, claro para não esquecer dos outros amigos, o Gaybriel, o Regressa a mi e o Lover. Magnífico!
Toque a toque e assim a noite uma vez mais deu sentido à cidade do Porto. Sessões de fotografia para mais tarde recordar, e gestos efusivos de amizade. Boyzito, o teu jantar estava perfeito, confesso que tens mesmo jeito para aquelas coisas e ninguém que se ouse a falar mal de ti e se tiver dúvidas, é provar. Cem por cento aprovado.
Após o jantar andámos pelas artérias da invicta, quase numa sessão fotográfica, ai, desculpa que a cabine telefónica quase partitu eh eh eh eh... tudo muito animado.
Deixo aqui neste post o meu grande abraço a todos estes meus amigos que muito gosto e estimo. Ao Boyzito, obrigado pela referência e por não te teres esquecido e estares atento aos pormenores.
A vida é mesmo assim... não tenho planos nenhuns para amanhã, também não vou fazer nada de especial e como tenho o carro na oficina, já não vou a Braga, tal como tinha pensado. Fico triste, mas não faz mal, provavelmente irei dar umas voltas sem destino aqui no Porto e escrever um pedaço, também me faz bem, serão momentos de reflexão. E assim o tempo passa! Será que no próximo ano estou por aqui? Vamos ver!
Aconteceram tantas coisas que o meu estado emocional atingiu alguns picos em determinados momentos, provavelmente não notaste, mas entendo que tenhas olhado ao post anterior e percebido alguma coisa. Só se fica perturbado quando quem valorizamos prega-nos uma partida ou binca de um modo muito baixo, jogando com os sentimentos. Entendo que saibas de quem estou a falar. Enfim, logo nem sei como vai ser... disse que me ia telefonar e até se coloca a possibilidade de estar no Porto! Não acredito que venha, mas se vier, até me dá uma coisa que nem terá nome, ainda por cima na Rua dos Nomes. Olha, quem fica sem nome sou eu.
Depois nada de preocupações com o Samuel, sim, porque ele já anda mesmo ventoso, mesmo tempestusoso, claro, o dia está com chuva.
Bem, vou dormir um pedaço porque não me apetece fazer nem mais um pedaço. Abraços e beijos para todos os meus amigos de que muito estimo e me fazem sentir em vida, se não fossem eles, certamente estaria mergulhado numa depressão.
Só mais um desabafo, quando ia a passar pelas ruas da invicta apesar de estar convosco, senti-me por instantes a pessoa mais só que o mundo poderia sustentar. Depois acordei e vi que estavam à minha beira. Obrigado por não me ostracizarem! A vida é isto mesmo, onde se vai dando um passo de cada vez.
Adoro------vos.................. jitosssssssssssssssssssssssssssssssss

Porto, 18.11.1006

Samuel Bastos Ventoso

sábado, 18 de novembro de 2006

NÃO QUERO MAIS ESSE FADO SUJO

Fiquei incomodado! Sim, fiquei logo ao ver que eras tu que estavas a ligar... As palavras movem, envolvem momentos indizíveis, arrogâncias que se dissimulam e falsidades deambulantes. Apenas isso, vou percebendo tudo o que não presta... apenas não quero falar! Prefiro o silêncio do que as falsidades, do que as mentiras sucessivas. Não te dou resposta nem me interessa mais por essas mensagens que acabaste mesmo agora de me enviar. Esquece! As tuas palavras são sempre as mesmas desde aquele tempo. Sim, desde esse tempo... tudo continua sem continuar. Não vou pronunciar muitas palavras mais.
Não quero mais cantar esse fado e a morte é um convite à eternidade, certamente não te vou mais dar esposta... tudo o que possas pensar não colhe mais e as palavras morreram desde o momento. Tudo o que te disse foi verdade! Sinto raiva de mim porque um dia gostei de ti, porque um dia te tive a meu lado, porque um dia pensei que tudo que tivera fosse verdadeiro. Não me interessa mais pelos teus telefonemas, por promessas vãs, sem conteúdo... hoje vejo que afinal sempre tive razão no que te disse, tu é que nunca mereceste a minha dedicação... a prenda que tenho como honra para ti é este desprezo. Boa sorte e boa viagem por essas terras... eu não existo mais e dispenso esse fado sujo. Não voltarei ao teu encontro e nem mais interese existe em diálogo, nada mais. Fica bem e até sempre... até nunca mais. Diverte-te com as tuas mentiras baixas.

Porto, 18 de Novembro de 2006 - 20:37h
Samuel, o Ventoso

NUMA NOITE SEM NOME APENAS NOITE

......:D...;)

Numa noite sem nome, onde se rasga toda a verdade e a memória fica aberta, deixo que o movimento se liberte por sua vontade.
A água ficou condensada e as flores da noite mais viçosas, taparam o meu olhar com o preço da utopia e todo o sorriso da história incompleta. Apenas o incomprensível da razão de ser e todos os fenómenos que se estendem, este dizer de coisa nenhuma para a coisa que se centraliza, sem significado.
Incompreensíveis são os nomes do universo, a foz da existência e o vazio que por vezes acontece. Agora, apenas as despedidas das horas vãs, enquanto o sacerdócio da escrita flui pela noite, apenas na noite doutrinária com as suas pérolas.

Grande Porto, 18 de Novembro de 2006 - 00:38h
Samuel Bastos Ventoso

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

NOITE ABERTA QUE SE ENCERRA

Noite aberta, movimeto azedo, num vazio maior talvez profundo, a uma indiferença total... não sei, talvez isso ou pouco mais.
A alegria de muitas pessoas de modo algum pode ser a minha, hoje mais uma vez passo por aqui. Bebo uma "stout" fresca e interrogo-me uma vez mais, como sempre se tudo começasse de novo. Foi um dia muito cansativo, situações resolvidas e muitos movimentos ficaram activos, poucos pendentes. Agora, por aqui, observo as pessoas que se fazem passear pelos corredores do shopping, maioritariamente comungam do mesmo, eu não, apenas estou desenquadrado e os motivos da minha vida são outros, até parecem não ter sentido, pelo menos nesta sociedade!
O meu antigo sentido foi arruinado e esta sociedade enoja-me em alguns aspectos, talvez tenha de ser eu a mudar, só que a mudança implica eu ser o que não sou! Talvez fosse necessário matar todo o meu ser. Que desgraça se abateu sobre o meu ser... Não sinto mais vontade em pedir um abraço a quem quer que seja e abraços falsos dispenso. Jamais! Que tome a morte todo o meu ser e a paz seja a cinza eterna, no puro descanso inolvidável. Considero-me desvirtuado dos afectos, dos ditos padrões normais de uma sociedade que teima em insistir. Interrogo as clarezas e as lareiras da alma, enquanto não dou o salto do último guindaste. Não sei se vou conseguir...
Hoje vim jantar fora, só, e aqui enquanto tal, penso no futuro deste blog e de todos os outros, com o intuito de os dar por encerrados ou não postar neste espaço. A possibilidade de construção de um outro blog completamente diferente para despejar bem à vontade tudo o que me vai na alma, também considero.
Neste momento sinto-me triste, apesar da alegria que hoje os meus alunos me proporcionaram, entre toneladas de fotos e vídeos... belo o mundo da inocência, de quem é acolhido pela família que compreende e aceita. Hoje sinto um pedregulho no meu peito enquanto a alma se dilata sustentando a imagem inicial. Interrogo-me e dou-me conta de ser um potencial anormal ou um fora da sorte dos afortunados! Hoje precisava de ti, telefonei-te e como normalmente acontece não tens tempo para mim! Um outro café com alguém é sempre mais interessante, mais apetitoso... compreendo, não quero empatar, muito menos me sentir a mais. O meu desejo neste momento era simplesmente chorar a minha sorte. Não insisti nem disse algo que te pudesse incomodar, incomodado já eu estava, apenas deixei circular a situação, duplicando a minha tristeza.
Encontro-me no Parque Nascente, no meio de tanta gente, sentindo-me mais só do que todos os solitários, agora vou ao Jumbo! Estou por aqui, vim postar e ler alguns blogs, mas não me apetece comentar qualquer outro. Não o faço nem o penso fazer em breve!
As crianças choram, gritam... desculpa dizer-te mas confesso que não tenho vocação para ser pai. Jamais! O meu mundo é outro, gosto das crianças no lar das outras pessoas... gosto do que me parece não funcionar... melhor, no mundo em que estou nada funciona, ou tudo é muito complicado e não estou para representações. Apenas quero escrever, tal como o faço todos os dias, ainda que não post aqui, mas despejo nos meus cadernos, em folhas que por vezes vão directamente para a gaveta.
A noite está com mil mistérios, eu apenas estou por aqui, fazendo-me distrair, matar a dor que hoje depois do sono veio visitar-me... tinha estado adormecida durante algum tempo, espero que vá embora e continue bem distante de mim. É assim a noite que fica aberta e que depois se encerra.

Grande Porto (Parque Nascente), 17 de Novembro de 2006 - 22:04h
Samuel, o Ventoso
PS. Nunca esqueço dos meus amigos, ainda que fique no silêncio amordaçador.

sábado, 4 de novembro de 2006

ROTAÇÕES SEM MEDIDA

Aqui na rua dos nomes
Bem, depois de algumas tentativas de posts, tendo os mesmos sido sem sucesso, penso que este deva sair bem. Estou na Rua dos Nomes, com muitos nomes à minha volta! Ontem estive em casa do BoyZitu e não tive sorte nenhuma quando lá tentei fazer um post. Perdeu-se tudo, não tinha guardado o texto. Fiquei furioso... por vezes isto acontece.
Existem outras coisas que fizeram superar a situação... o jantar uma vez mais, estava maravilhoso. Tudo estava perfeito, reconheço os teus dotes. Desabafos, sempre uma pessoa excelente, aparentando uma calma e a disposição graciosa; gosto imenso de vocês, sabiam? São cinco estrelas, somo mais uma...
Acordei com muito sol, imenso e agora por aqui, chove, muita chuva. Hoje já estamos distantes fisicamente. A viagem de comboio foi interessante e bastante rápida, boa companhia, claro, nem senti o percurso. Cheguei já casa! Tudo fechado, com algum odor, o tal bafio o môfo, como se costuma dizer e como não têm sido feito limpezas, o pó também abunda. Mas enfim... trabalho não vai faltar neste tempo que por aqui estou, é daquelas coisas. Tem de ser feito.
Agora descanso um pedaço e as saudades aqui do pessoal fizeram-se sentir bem, de modo bastante acentuado. Excelente mesmo. Toda a gente a cumprimentar-me. E veio mais um amigo. Quem gosta de mim está sempre comigo e faz tudo para ter a minha companhia, o resto posso bem dispensar, sem problemas.
Lindos amigos, não me esquece de vocês. Escritosssssssssss.... são rotações sem medida. Bem, tenho de ir ao café, mais um cafezito.
Volto depois, certo? Abraços e beijinhos e o meu pensamento está em vós. Um dia para muita rotação e matar saudades.

Lisboa, 04 de Novembro de 2006 - 14:30h
Samuel, o Ventoso

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

OIIIIII PESSSOOAAALL na onda? Tudo?

Hummmmmmmmm, deixa acordar bem, é de madrugada. Txiiiiiiii as horas. Puxa, bem a abrir a boca.
Andei por aqui e vi que coisas novas estão no ar, nem me digas, o meu amigo boyzitu já veio, tive a ver as fotos que colocou no blog, bem, tá um espectáculo. Sim senhor, muito para a frente.
Desabafos sempre na ordem. Agora estou mais contente. Então vamo-nos encontrar, tomar algo juntos na invicta? Uma ideia né? Moce, mas vei lá, com tanta coisa para fazer nem se tem mãos a medir...
Ah, antão i como estavam por lá as gentes? ay ay ya ya, sei comi éi.
Hi hui hui muita calor nos algarves, como sempre, né moce?!
Olha eu ainda tou a acordar, e o sone está a apertar, tu nã vez isti?
Vim aqui só p acordariiiii mesmo assim nem te conto nem te digo. Antão e o meu lindo Desabafos? Olha, já tenho saudades tuas! Isto é normal? Ai ai ai ai táva mesmo morrendo de saudades, já tava habituado a tar convosco. Pois, são mesmo muta fixes, muitooooooooooooooooooooooo
Sabem como é! Bemi, mas o o meo amigo gaybriel? Por onde ele anda? Ontem andava às compras com os amigos. Tá bem tá, sempre a abrir. Temos que tomar cafei juntos, sim, moce? Tão e as versatilidades? Tudo ocupado? Ah... mas e aquelas brincadeiras, aqueles sorrisos e simpatia? Bem, nem tenho palavras, mas faz tempo que não dizes nada, sei como é, sempre ocupado na gelatadaria, chupar o gelado, tratar da cozinha e das outras coisas, néi? Pois, o bébé preenche! Tão nei? oh, o Regressa a mi, tá a fazer o jantar? Deve ser o pequeno - almoço, olha o melhor era irmos tomar todos juntos. Era fixe e ainda por cima no dia de hoje "Todos os Santos", ai ai ai... tou com uma zonza, que nem é pequena. Tenho mesmo de ir para a cama, ainda é muito cedo. Bem miúdos tudo para a caminha. Eu vou dormir, vooltooooooo mais tarde......
;) safa mas isto está tudo a encravar....
Vá, bejitos e nada de portar mal. Divirtam-se ...

Samuel, o Ventoso - Porto - 01.11.2006 - 05:45h

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

DIZER O QUÊ E COMO?!!

Faz algum tempo que não mexo na rua, nada de postar por aqui, nem cumprimentar os que aqui habitam. Mas hoje, deixo aqui os meus cumprimentos, então, oláaaaaaaa a todo o mundo! Oiiiiiiiiiiiii, oiiiii eh eh eh eh mas postar… Postar? Dizer o quê? Para quê? Nem sei, nem ando com vontade para dizer nada, talvez seja o cansaço. Muitas tarefas, imensas tarefas.
Cheguei agora a casa, e sinto-me cansado, só que é um cansaço diferente, é o cansaço de pensar que tenho e não tenho. Apenas aparência, fogo de artifício, nada mais do que isso, mas, daqui mais um pedaço já arranjo energias para sair, sim, sair, dar uma volta, apesar de ir sem destino. Vou apanhar o autocarro e depois logo se vê. Mas confesso que algo se está a passar, um misto de tristeza, assim um nevoeirozito parece tocar-me. Não tenho muitas razões para estar triste, mas o facto é que estou. Tudo avança e eu parece que fico, enfim! Algumas pessoas em que acreditava imenso e até telefonava, agora nem tenho vontade de dizer nada, pois, tipo iludiam-me e continuavam a prometer mas depois, nada de verdade. Agora? Apatia, isso sim, é o estado em que me encontro. Talvez melhor ou pior. Paciência, a vida continua.
Bem, vou dormir um pedaço para ficar em força. Ficar em casa, nem pensar, sempre a rodar.
Vou ao McDonald’s na praça da liberdade, aqui no Porto, depois um café, umas voltas e logo se vê o resto.

Porto, 27.10.2006 – 17:52h
Samuel, o Ventoso

domingo, 22 de outubro de 2006

LINDA MANHÃ CINZENTA

Acordei, abri a janela e mergulhei na dimensão do tempo. Cheguei do sono e resta-me acordar um pouco mais; alguns afazeres chamam-me e nem sei como começar.
Ontem foi um dia agradável, falei com amigos, dei os meus passeios pela invicta. Fantástico. Por aqui, por ali e desbravando caminho. As fotos não faltaram, não fosse esta uma outra paixão minha.

Porto, 22 de Outubro de 2006 - 08:46h
Samuel Bastos Ventoso

sábado, 21 de outubro de 2006

PROFUNDIDADE E SINAIS

Certamente a pensar em ti... Rua dos Nomes
Na noite pincelada pelas cores, ao abrigo da imensidão, correm pelos meus dedos índices de amor, desenhando um novo vulto, por toque perverso à entrega dos sentimentos de papel.
Lançado no lugar do espanto rodopiam os meus lábios completando a distância da voz com que me presenteaste naquela noite! Histórias e outras histórias na sagrada escuridão. Este fluxo de porcelana, na profundidade da nudez, escreve o absurdo do que não faz sentido... continuas a não desejar ver a realidade, ela incomoda imenso e as tuas birras a lado nenhum te poderão fazer transportar. Apenas ficaram sinais na água ondulante.

Samuel, o Ventoso - Porto - 20.10.2006 - 23:56h

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

O ODOR FRESCO DO LILÁS

A manhã ficou verde, gerada pelas alegrias, onde colei aos horizontes infinitos, tomados do instante virginal! Adula-me a manhã, enquanto os ventos enfunam as cortinas, num golpe sem ruído. Toques finais de um Outono, na face envolvente da estação.
Olhaste-me fixamente os lábios, desenhando um oráculo, na queda das ervas, ante a janela que possibilita o sorriso.
Desfolho a minha verdadeira alegria operada pela mudança, pelos fragmentos da chuva, quase mística, desenhando no chão lágrimas graciosas.
A intenção de cada minuto é um futuro em aberto, com o perfume de flores inocentes… toda a inocência é desprovida de espírito, apenas a doçura se faz estender no tapete da natureza.
O próprio jogo acciona-se num clic, um simples sorriso maroto, por olhos penetrantes e doces. Este cenário aprova o acaso satisfazendo a imaginação… sopra um vento sobre o leito exultante, enquanto gritas alegremente na minha imaginação. São outras histórias, duplicam e reduplicam a força das palavras. Aquela ideia tem-me acompanhado desde as neblinas matinais, aos flocos que caiam, ao céu uniforme, percorrendo o meu corpo todo nu. O mapa do amor desenha-se na nudez… o teu mapa sempre foi um archote para uma floresta de escuridão… as extremidades eram ilhas de beijos que se desenrolavam nos teus braços. Nesta dupla vontade celebrava-se a felicidade possível, a um novo movimento de águas.
No teu palácio explodiam todas as marés, nada fazia mais sentido, tu eras o único sentido! Na tua presença tudo se multiplicava, todas as estações passavam… sempre ficaste!
Os contornos lubrificavam os impulsos verdes e num aplauso inefável surgia o rangido de amor, cuja resposta accionava uma nova primavera, de anseios verdes. As nuvens foram divididas e o teu entendimento repousou na relva húmida, num abraço até ao mais fundo de mim.
Mudança de posições, torres enfraquecidas, uma nova montanha e as fronteiras acasalaram o medo inicial. Sempre soubeste do que te falara todas as vezes… o meu tacto dedilha a tua mente e nas orlas da ilha do teu sentir, dou passagem às águas mornas do grande mapa que um dia pisamos. Recordo-te!
Estou em tempo de lua nova, sulcado pelos tempos meteorológicos, junto a superfície do azul, acciono as linhas pautadas e neste fogo ardente, escrevo-te um poema, ainda que não o leias, são florações do último gesto, o gesto de cada vez.
A causa da vida excita-me o momento enquanto grito de declaração e neste convite de cenário demasiado perto, sem medo, com aprazível excitação, deixo-te a miragem ou a realidade de uma só noite, para que rememores as belas perspectivas de um infinito gesto, este que se sustenta no verde e no azul dos devaneios.
Este é o gracejo de todas as cores, incitando um movimento imóvel, ao Outono, em transmutação colorativa… cores desoladas da estação, dando gloriosa ilusão, a um mosaico diferente, com pombas a arrulhar.
Este odor fresco do lilás inspira-me, espelha-me a tua beleza, única, para mim ausente de imperfeição! Benfazeja energia, do pulsar irregular, nas folhas que se semeiam pela entrega, na doçura das mil vozes da harmonia… é neste murmúrio poderoso que sobressaem as belas e profundas recordações do prazer da existência.
Deixo-te todos os sabores, de carícias derramadas como vinho inebriante, apertando a força do misterioso equinócio, a relíquia e as delícias das horas mais livres. Eis que a luz se fez brilhar e feriu os olhos, deixando-me ansioso face às tuas novas revelações que despedaçam a fragilidade da própria graça.

Post Scriptum:
Ao “Desabafos”, “Boyzitu, “Versalidades”, “Regressa a mi”, “Gaybriel”Com a minha dedicação, a estima única e inigualável, aos amigos excelentes que muito gosto e que muito têm privado comigo. Obrigado por gostarem bastante de mim. Adoro-vos e deixo aqui aquele abraço do tamanho do infinito. Nunca vos esquecerei!
Do sempre amigo, Ventoso.


Porto, 19 de Outubro de 2006 – 19:19h
Escrito no Centro Comercial - Via Catarina – no Mc Donald’s
Samuel Bastos Ventoso

domingo, 15 de outubro de 2006

SOMANDO O FUNCIONAL

Pulsam restos de uma voz, determinada, por uma realidade que se esvai entre os dedos… esta intermitência onde sustento o compreensível da fuga da tua liberdade.
No meu lugar, organizo a minha vida, deixo-me correr, sustentando o tempo com outros princípios e a força da responsabilidade.
No meu lugar, organizo a minha vida, deixo-me correr, sustentando o tempo com outros princípios e a força da responsabilidade.
Para o irrecuperável, a cada passo pondero na nova situação, apesar de algumas escolhas dolorosas. O sentido faz a gestão da disciplina e nas calmas resolvem-se os problemas, na tentativa de me pautar sempre por uma vida saudável. O mapa de reacção é rigoroso, preciso, tento nele encontrar-me a cada momento… transponho o terreno da vida, decidindo na orla do obvio.
A inocência traça-me uma ilha, uma visão do mundo, com novas informações, explorando o mistério da realidade e o lugar perfeito do desejo que sempre tivemos. O nosso entendimento redefine a mudança, apesar da demasiada tecnologia.
O mundo é o mundo de cada qual, sempre diferente e em construção. Todos os dias a natureza tenta desvelar-se, num manancial de informações, transferências e projecções.
Não digo que é doloroso aceitar a tua ausência, apenas desenvolvi uma visão funcional da realidade. Nada a refazer… o esforço exigido parece-me assustador, quase inultrapassável. A imagem sustenta-se pelas avarias sucessivas, num modo herético, corrigindo o necessário.
Visões! Reacções! Desenha-se o ambiente em formas de manifestação divergente, por transferências invasoras, discretas. Eis a percepção e a reacção, esta adequação explicita. Eu por aqui dedicado à criatividade, no campo das tecnologias, de modo determinado, despindo todas as ilusões, somando o funcional.

14.10.2006 – 11:40h

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

TINTA E PAPEL NA RUA DOS NOMES

Não é que este espaço seja um caixote do lixo, mas despejo aqui o saco sempre que entendo, ficando muito melhor, antes com mais frequência, agora com novos amigos as coisas passaram a ser diferentes. Eu, o Boyzitu, o Versatilidades, o Gaybriel, o Regressa a Mi e o Desabafos. Amigos do peito aqui na Rua dos Nomes.
Considero-me um pedaço céptico por vezes! Desculpa dizer isto, mas a experiência de vida assim o ditou! Cada qual acredita no que quer, viaja por onde se sente mais à vontade e bebe da torneira que entender, acaso não tenha uma fonte de nascente natural.
Percorro muitos caminhos e muitíssimos já percorri, posso falar de muitas coisas… nada de ignorância, muito menos criticar a pontos de colocar de lado os outros, nada disso. Nada de tabus e falar sempre à vontade, entendo que a vida deve ser assim.
Faça cada qual o que bem entende, o que goste e o que o faça sentir realizado. Cada um gosta do que gosta e ponto final. Não sou homofóbico, nem racista e muito menos contra religião alguma ou forma mística. Certamente, não me estou a ver neste momento da minha vida outra vez a voltar para a religião… já a vivi o quanto entendo bastar, desde o catolicismo, aos evangélicos, espiritismo e outros misticismos. Por agora chega, tal como outras facetas. Estou noutra onda, diferente e do resto pouco me importa. Lembro do tempo da astrologia, lia tudo e mais alguma coisa. Cansei e procuro outras coisas, com outros motivos para a minha vida. Sou selectivo, tenho o meu direito…
Escrevi imensos poemas, textos, fiz pinturas… executei algumas peças musicais, compus e tanto mais. Fiz fotografia e ainda continuo a fazer, tal como vídeo.
Adoro conduzir, é sempre com muito agrado e agrada-me imenso estar com os meus amigos, ultimamente fiz novas amizades e confesso que não páro em casa, mal saio do emprego, já estou noutra onda, apesar de fazer o que gosto em termos profissionais.
Tinta e papel, novas imagens e distância a ser colmatada por outras situações. A vida é feita de situações e confesso que hoje estou muito feliz… novas pessoas deixaram-me ver a vida de modo diferente e assim tudo se renova. Deixo o meu obrigado e abraço amigo com a minha estima a quem comigo tem privado nestes dias. Bem hajam, são pessoas lindas que estimo muito e que merecem tudo de bom. Adoro-vos, tenho-vos no coração, no mais profundo de mim.
Vamos todos conversar, dialogar e crescer cada vez mais… realmente ontem com seis amigos sem bloqueios, a vida teve outro significado, outro sabor mais forte. Boa conversa, confiança e dedicação. Repito, adoro-vos, desculpem falar assim. Fogagens na rua dos nomes, para uma permanente evolução.
Hoje fomos três, dar umas voltas por ai, e construímos coisas lindas, fizemos fotos e ideias maravilhosas surgiram para novos projectos e o primeiro passo já foi dado!
Como a vida é bela e o mundo se renova… não quero que ninguém esteja mal. Se alguém precisar, estou aqui, bate à porta, telefona e recebe o meu abraço sincero e profundo sem reservas.
Deixo aquele abraço do coração…

Samuel, o Ventoso – 13.10.2006 – 01:13h

terça-feira, 10 de outubro de 2006

UM POSTE QUE ENCONTREI NA BEIRA

O mundo não está mais à avessas e muito menos acredito na concepção mítica, tudo o que está em minha volta e se deixa percepcionar pelos sentidos é real. Tu és real, e tu também e mais aquele e o outro. Somos reais nest post...
Eu disse que ia escrever um post, tu mandaste-me levar um post que arranjasse à beira da estrada... tu mandaste-me muitas coisas. Eu mando-te sim, e com todas as letras para um lugar... Vai então! Vai para o seio dos teus lençóis e relaxa, sente o bem estar, sente que é bom existir, sente que foi bom estarmos todos juntos, foi bom jantar, muito bom, excelente. Queres saber uma coisa? Adorei... tudo estava muito interessante e a natureza era viva, com muitas cores, apesar do meu olhar se ter concentrado nas formas e nas transformações movediças.
Este é o meu eterno mundo das ideias, ainda que beije as anémonas e as papoilas.
Flores e muitas flores na noite escura, umas por aqui, outras por ali... mas consegui ver algo interessante, é pura manifestação do meu outro lado. Aquele que desconheces, mas com o tempo poderás conhecer... lembra-te que não sou uma mera máquina, com a sua engrenagem... sou algo mais que podes sustentar, descobrir. Encontra a importância dos nomes no grande nome e experimenta o embiente dos residuos.
O espelho mágico um dia falará para ti, quando estiveres só, quando a voz da consciência te tocar, quando a verdade te mostrar o outro lado que neste momento não queres ver. Estou a ver aquilo que não te posso dizer... porque a flor, a rosa murcha, se o fizer...
Desculpa, não posso falar mais

10.10.2006 - 01:04h

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

MOMENTOS PELA NOITE NA NOITE

A noite na cidade do Porto, onde se escontre o enigma, o mistério... a passagem! Tudo tão lindo...
A noite com os seus nomes, entre outros nomes que o tempo proporcionou encontrar, a noite para caminhar e com alguém amigo, com sinceridade fez-me percorrer as artérias da cidade, para de um modo saudável tomar a noite no meu espírito.
Boa conversa, amena, sincera, onde as confissões eram uma constante, e a constante era a palavra. Muito agradável, é isso que conta, o resto não interessa. Destas amizades é que preciso e não de frouxas outras que se passeiam, com o faz de conta habitual, que tenta sustentar o insustentável.
Deixo aqui nos meus desabafos, este desabafo, e a palavra obrigado, por seres como foste, por confiares em mim e por dizeres o que alguém não sabe dizer, muito menos valorizar-te quando essa valor não o encontra. A vida é simples, basta encontrar a pessoa certa no momento certo, nem que seja para a toma de um café, um passeio, um jantar, um abraço... sei lá, outras coisas mais. Tu mereces muito... vi em ti coisas lindas, e isso disse. Continuarei a dizer... apenas quero que saibas que sou teu amigo.
Continua na noite, vai ao encontro do teu amor, que dentro de momentos chegará para te dar um abraço e envolver-te com todo o afecto. Isso sim, é importante! Vive a vida com quem gosta de ti, mereces mesmo.
Conta sempre com a minha amizade, esta que será tua e para sempre. Eis as minhas cerejas e o tempo tornará perfume os frutos belos e apetitosos...
Já fazes parte da minha rua... agora vou dormir, porque a noite já me tomou e o escuro continua a envolver-te no seu todo.

Samuel, o Ventoso - 09.10.2006 - 02:01h

quinta-feira, 5 de outubro de 2006

PERCUROS E DECURSOS DO AZUL ETERNO

A vida tem coisas que passam e depois se se perdem, jamais se recuperam... Tenho muitos escritos, por ai dispersos em blogues e sinto o que escreves e vejo muitas coisas, tendo em conta quem te comenta. Comentários não faltam por ai, todos os dias estão na ordem do dia, uns mais favorecidos, outros nem por isso. Diz-se bem e mal! Diz-se o que se sente e pensa...
Dizes coisas que por vezes mostram o que não é, e escondem pedaços de quem as escreve, em atitudes que também são enigmáticas. Nunca te esqueças de quem verdadeiramente gosta de ti, de quem te ama mesmo, não, não esqueças mesmo, nem a brincar, olha que isso faz parte da tua vida. As circunstâncias somos nós que as fazemos, certo? Por isso pára e não jogues fora tudo o que construiste desde aquele dia. Dá uma oportunidade a ti a quem te merece... o diálogo é importante. Tenta não magoar, sê inteligente. Acolhe e olha em teu redor... espreita ao espelho e o olhar azul traz eternidade que existe dentro de ti.
Olhares existem muitos por ai, mas pessoas, nem todas merecem um lugar especial no nosso coração. Uns entram, outros saiem e a vida vai decorrendo assim. Decursos da vida e caminhadas que se encetam.
Percursos e decursos do azul eterno... não te esqueças que simboliza a filosofia, não esquecendo outras coisas mais. Lembras aquelas de que te falei no outro dia? E as outras e mais as outras? Sei que o esquecimento favorece o que não convém... agora vou tratar de programar mais um pouco e voltarei noutra altura (C e html), logo que possível. Bebo da eternidade e do azul eterno.

Samuel, o Ventoso - 05.10.2006 - 00:32h - Porto

terça-feira, 3 de outubro de 2006

PEDREGULHOS MENTAIS

Os dias ficam cheios do cheio que vai pesando e eu vou-me enchendo do cheio que tudo isto vai enchendo. Estou cheio do cheio de estar aqui nesta cheia que o Outono começou a fazer mover... ventos e vendavais neste espaço já ventoso.
Vim para aqui, depois de andar lá por fora, depois de ter rejeitado todos os convites, alguns apenas vazio e descartáveis!!! Os carros passam, com música aos berros, apetece-me fazer o mesmo, vou colocar de imediato a minha mais alta. Yaaaaa tudo a abrir, tudo a gritar, a rebentar mesmo os vidros... a polícia ainda aparece ai chatear, pois estou a chatear toda a gente. Tu que vás dar uma volta, não quero saber de mais nada, nada mesmo nada. Não vou ficar por aqui, apetece-me ir embora, ir mesmo sem destino, porque estou a ficar cansado de tudo isto, acredita. Nada neste momento me agrada e muito menos alguém me está a entender. Nem sei mais o que te dizer, tão pouco sei se existe mais alguma coisa para te dizer, apenas entendi determinados comportamentos, alguns muito esquisitos... outros fizeram-me pensar, derramar algumas lágrimas e até me tornar agressivo. A agressividade também é um posto e o inferno sustenta o terrível.
Sabes o que é a revolta? Sabes o porquê dela acontecer e começar a expandir-se? Se não sabes, nem queiras saber... não te irei dizer mais nada e para não te partir a cara toda, escrevo estas coisas, isto que sinto. Descarrego para aqui, pior será se um dia isto deixar de funcionar enquanto forma de terapia... então será mesmo vendaval. Violência? O vento é vilento e por vezes destrói tudo deixando apenas a poeira.
A quem nunca me abandonou e foi agradável para mim, terá sempre a minha amizade... a minha dedicação e não te esqueças que a vingança é um prato que se serve frio. Raiva e revolta é o que sinto, parece que está a aumentar... grrrrr!
A noite fará acalmar-me, pior é a existência dos pedregulhos mentais, dos grãos de areia. Arrogância puxa arrogância e maus feitios comigo geram outros ainda muito piores. O próximo episódio ninguém o viu... preciso mudar, sim, mudar mesmo, só que existem coisas cuja resolução leva o tempo a ficar resolvido.

Samuel, o Ventoso - 03.10.2006 - 23:49h

domingo, 1 de outubro de 2006

INCONGRUÊNCIAS

Incongruências num tempo sem nome... rua dos nomes

Focos de um silêncio sem nome, em movimentos que se perdem... não sei o que perdi, fiquei ali, além, em todos os lados... mais tarde volto a estar contigo. Estou contigo sempre, nestas incongruências, mas apesar disso gosto de ti e muito. Contigo nada me falta, tenho tudo, o teu amor basta-me.

01.10.2006 - 11:01h

sábado, 30 de setembro de 2006

CORES VOLUMPTUOSAS

Cores imensas onde me perco...
Misturo-me em bebidas, semeado por abandonos, de frutas de todas as espécies, onde mergulho o meu olhar...
Devagar toco as minhas pernas, tomo as sensações e misturo-me em inflexões, moldando o corpo num orgásmo do indizível...
Desnudado do espírito em horas seguidas tomo-me em formas de prazer, muitas conhecidas por ti, para aliviar todas as ansiedades e bebo o cálice do amor eterno, em cores volumpuosas.

Samuel, o Ventoso - 30.09.2006 - 19:14h

terça-feira, 26 de setembro de 2006

RUA DOS NOMES EM DESCONCERTO

Sempre terei para ti aquilo que ninguém te poderá dar... mas tu não consegues ver o que se dá. A rua parece-me vazia hoje... adeus meu amor ingrato.
Senti uma necessidade profunda de escrever, como se mais nada fizesse sentido na minha vida neste momento. É uma aberração dizer estas coisas, quando por exemplo ontem sentia-me tão bem com alguns amigos, senti-me tão feliz, como se a felicidade sempre existisse desde toda a eternidade dentro do meu ser. Hoje, parece que tudo se esvaziou e o meu coração ficou esfaqueado, cheio de uma dor avassaladora e a rua dos nomes foi invadida, por vermes que eu próprio não sei identificar.
Estou aqui, demasiadamente só, com saudades do que não tem mais sentido na minha vida... ou tudo isto tome algum sentido. Jamais alguma entidade paranormal fará sentido para mim, isso seria mais uma outra tentativa de me convencer do que não existe, crendo que fosse verdade, a verdade que não é! Tretas que um dia inventaram, para preencher o que não pode ser preenchido. Não sei muito bem o que dizer, nem o que fazer, sinto algo que me custa a expressar e a clarificar. Clarificar também pode deitar-me ainda mais para baixo...
Hoje perguntei-me mais uma vez, depois de passear por ai, depois de telefonar para alguém, depois de pensar, depois de reflectir... depois, depois, depois do depois... um depois que me fez pensar mais e mais. Tudo muito mais sem que o mais tivesse alguma realidade, uma realidade fictícia que se abate no primeiro acto de consciência. O que resta de tudo isto? Rua dos nomes em desconcerto, nos confins da perdição e da desilusão... a única condição é a caminhada.

Samuel, o Ventoso - Porto - 26.09.2006 - 22:12h

NOTAS E SENTIDOS

Uma nota sem sentido gera outra e mais outra e outra mais ainda… notas vão-se gerando, em sucessão, em relação, sem que alguma coisa possa ser entendida. Não sei o que entendo de todas essas coisas que escreves. Continuas a escrever, como se a focagem convergisse para um único ponto a considerar. Consideras! Nem sei o que dizer quando tenho que observar essas atitudes. As tuas atitudes são únicas, deixam-me sem palavras, sem saber como proceder a seguir, mas nada mais poderei dizer sobre aquilo que me custa imenso proferir palavra, sim, produzir uma opinião. Opiniões não faltam por ai, apenas sei que sou diferente, sempre fui, sempre continuarei a ser.
Engano, conversa do acaso, um princípio de insatisfação consome-me, absorve-me numa ânsia desmedida, onde me perco. Perco-me todos os dia! Todos os dias acabo por me perder em alguma coisa, em coisa ou situações que nem eu próprio sei precisar... notas e sentidos.

26.09.2006 – 16:17h

sábado, 23 de setembro de 2006

DEAMBULANDO POR AI...

Livre como o sorriso de uma criança, como o comboio que caminha, como aquela ave, a dança do céu, no movimento que se desenha, num amor amis profundo, ao encanto que se sustenta, dançar contigo a dança da viagem, esta que se agiganta.
Um novo quadro, um novo desenho, rosto e diversidade ao cantinho das flores, a desabrochar... deambulando por ai.
Sou por aqui a vontade que se multiplica. Sou, sem nada desejar porque o meu desejo foi de outro tempo cujo desejo já não deseja, apenas passa... indesejável é o desejo sem desejo no desejo que se possa vir a ter.
Continuo prostrado na dimensão do desejo, pelas artérias sem novidade, entre duas linhas que me transportam... muitas me transportam.
Esperam-me rostos, rostos diversos, desafios de novos sorrisos e outras circubstâncias ainda mais profundas. Por aqui, por ali... Oh Sr. dos Matosinhos, acolhei-me no profundo do teu ser, sou ave que deambula, que respira e que com espírito quer viver.

Samuel Bastos Ventoso
Escrito no Mercado Municipal de Matosinhos
23 de Setembro de 2006 - 13:17h - Com a minha amizade para as versatilidades e o regressa a mi, pessoas muito simpáticas e excelentes. Obrigado pela forma como me receberam, guardo no meu coração um lugar especial para vós. Abraços e a dedicação de sempre.
Samuel, o Ventoso

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

PRECISAVA DE NÃO PRECISAR

Precisava de não precisar mais de ti, de ir embora e nunca mais voltar, de não estar mais. Sim, de não estar mais e ausentar-me para sempre de tudo o que me incomoda, ou de tudo o que nada mais tem a ver comigo.
Entendo que a vida por vezes apresenta-nos mudanças e outros pontos de vista... eu sou a multipicidade de mudanças, sou todos os nomes e nunhum nome. Eh eh eh eh um dia outros horizontes se tornarão possíveis, face a um desespero que nunca teve significado. Agora deambulando, levando novas sensações, pontos de vista diferentes, desbravando a realidade que se apresenta. Mudança radical, e nada mais choros por quem não me merece.
Precisava de não precisar de ti, nem de ninguém, e jamais envolver-me em amor mentiroso ou aceitar algo de alguém para depois me cobrar. Nada quero mais que me deite abaixo, nada mesmo... quero o meu espaço e a minha alegria, a força da vida e a vida com força, com alma eterna, a eternidade da minha rua, com gente que valha a pena ter no coração. Isso sim, gente que valha a pena quero. Sempre... não quero perder tempo com inutilidades e gente oportunista, cheia de complicações...
Naquele dia fiquei muito cansado, mas agora, tudo bem, em forma, com energia e garra para a caminhada que se sustenta de todo em todo.

Samuel, o Ventoso - 22.09.2006 - 12:44h

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

DAS PARTES SEM PARTE

1 - Não sei o que mais posso dizer depois de te ler… confesso que não sei, tudo está muito bem escrito e sentido, muito mesmo, imenso.
Nada mais poderá ser tão perfeito quanto este escrito que aqui deixas, foi a única coisa que mexeu comigo esta manhã e nesta cidade do Porto, depois de falar contigo ontem à noite. As lágrimas quase despoletaram... entendo e valorizo essa profundidade de amor, o amor entre dois homens, entre dois seres humanos. Essa profundidade, sustenta-a, porque tu és uma pessoa muito linda, muito sensível e ao mesmo tempo muito directa, muito objectiva, lógica. Esta amizade que nutro por ti e por com quem estás é para mim, algo muito importante, um tesouro. Gosto imenso de falar convosco... mas sinto vontade de chorar... somente neste momento foste capaz de tocar o meu coração. Continua assim... sempre assim.
Deixo-te aquele abraço grande com a minha amizade. Também um beijo por aquilo que sois, pelo que mereces e certamente por tudo o que sustentas nesse inundável caminhar que quanto a mim é lindo, sim, lindo mesmo.

2 - Só essas palavras poderiam mexer comigo, acredita meu querido amigo. Neste momento choro, é verdade. Repito que o que escreveste e o que o teu amor escreveu, mexeram comigo, imenso... é lindo, demasiado lindo, até parece impossível, mas sei que é verdadeiro, é real e isso é que interessa. Ontem falei convosco e sei da vossa profundidade, da vossa união, do vosso amor... todas as palavras me fogem, perco-me parecendo-me não me encontrar nesta vida.
Este é o sentido real da vida... anseio tanto poder dizer o que dizes, mas não sei quando! Estou aqui, perto de ti, mesmo pertinho.
Tenho de acordar um pouco mais… vou tomar café, sim! A sugestão fica em aberto e vamos tomar café e trás o teu amor, vamos brincar à amizade, ao verdadeiro sentido da vida... mas deixa-me chorar, confesso que estou muito feliz por ti, acredita meu querido amigo; por ti e por o teu amor. Sois duas pessoas que guardo no coração e sabes que é verdade.
Fico por aqui, vou até à minha rua, e eis todos os nomes, os nomes que traçam a minha vida. Nomes e outros nomes e mais nomes que por agora não posso precisar.
Fica bem, continua assim... abraços e beijos, com a sempre dedicada estima e amizade que nutro por ti, melhor, por vós.

Samuel, o Ventoso, 20 de Setembro de 2006 – 09:19h

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

DEPOIS DE TE LER E PENSAR

Depois de te ler e pensar, ler várias vezes, uma não me chega! A tua música é linda, toca o meu coração, é mensagem que não finda e ecoa em cada pulsão. Uma e mais outra e outra ainda que se segue! Depois de uma conversa, de palavras teres trocado comigo, confesso que não interessa, do que te dói, afasta-te depressa, digo-te isto porque sou teu amigo, lixo corrói.
Tenho lido o teu blog, apesar de não o comentar, por vezes sinto vontade, mas, confesso, não quero mais chorar. Deixo como conteúdo do meu pensar... Também escrevo, pelas minhas páginas dispersas, a mencioná-las não me atrevo, são algumas, um pouco diversas.
O amor de que falas é mesmo assim, um dia toca forte, naquele tocou-me a mim, doeu, senti quase a morte e pelo chaão rastejei. Passou... Agora... caminho, nesta minha paz, desprendido, de tudo e de todos, voando como um pássaro, sem destino... Para que saibas, eu estou aqui, para te ouvir, para saborear os teus escritos, para te dar força e sempre que força tenha, conta com ela...! A vida é esta passagem que nos engana e ainda engana mais quando nos iludimos! Estamos convencidos de algo mais, não passa de uma crença que depois não possui conteúdo. Enfim... cada qual, pensa a seu modo e depois nada funciona na hora certa! Tudo corre e rápido tudo acaba, como num fechar de olhos. Recordo algumas conversas que tivemos, das vezes que temos. Amigo, calma e força, vive a realidade do que é possível... mergulha na música e percebe que existem outros sentires, algures. Não fiques fechado porque a fechadura oxida-se e desaparece com o tempo e depois é muito tarde para viver... a vida é um aqui e agora, este viver mesmo, vive com quem estiver na tua onda, aproveita as coisas da tua época... é isso que conta.
Depois de te ler e pensar, continuo a pensar e o meu pensamento está em ti e dissolve-se no tempo, na paz que é música que flui pelo universo. Abraço e até ao meu regresso.

Samuel, o Ventoso - 08.09.2006 - 20:48h

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

NO MEU CORPO O TEU

No meu corpo encontrei o teu e vi que não existia nada mais belo do que a nossa beleza. A beleza de nós dois torna-nos perfeitos... quando nos entregamos profundamente. Isto é importante e muito, quando existe sintonia nos corpos.

Samuel, o Ventoso - 07.09.2006 - 11:28h

quarta-feira, 30 de agosto de 2006

ARREFECIMENTO TOTAL

Nem me ligaste... foste embora! Com a tua frieza, com o desprezo mascarado e vi que tudo era mentira. Inventaste desculpas, uma a seguir a outra. Eu apático, aqui, sem conseguir reagir, deixei-me perder e estou no silêncio, neste silêncio aterrador dos nomes.
Arrefeci, sim arrefeci, fiquei sem forças, sem mais vontade para lutar por gente complicada, gente que me faz gastar as energias. O vazio hoje ficou mais profundo e o meu corpo pede cama para esquecer a vida. Sinto-me só, muito só... todos foram embora, todos se ausentaram.

Samuel, o Ventoso - 30.08.2006 - 23:16h

sexta-feira, 11 de agosto de 2006

DA PLENITUDE SEM NOME

Tudo me parece parado... apenas o calor começa, lentamente como se alguma coisa viesse resolver.
O silêncio absorve outro silêncio e parece que nada mais sei fazer do que estar aqui. Profundamente deleito-me no indizível, porque para fora nada mais tenho a dizer, o que disse não serviu para nada e os contornos de situação foram imensos. Cansei-me! Apenas fiquei sem mais força para a caminhada, porque gastei todas as minhas energias em situações vazias, fúteis, completamente inúteis. Fiquei só e abandonado, num mundo onde todas as palavras já não dizem nada. Desapareceram os nomes, veio o vento e destruiu todo o meu ser... agora, apenas sou um vazio pairante, aquilo que queiras pensar.
O meu desejo é o repouso, ainda que tivesse solicitado ajuda, maioritariamente fui colocado de lado, não esteja eu a fazer-me de vítima, mas a realidade é esta! Nunca entenderás este meu escrito, alguma vez o irás ler, não fará algum sentido. Continuo a duvidar, a não acreditar em nada, apenas a desejar o silêncio total, porque a tristeza toumou-me em toda a sua plenitude.

Samuel, o Ventoso - 11.08.2006 - 08:04h

quinta-feira, 10 de agosto de 2006

DISSE-TE TODAS AS COISAS

Disse-te todas as coisas... não consegui dizer nada. Nada mesmo! É mesmo, infelizmente. Perdi... fiquei só, somente só, com a minha dor, com a minha tristeza, com este corpo para a terra consumir na sua plenitude. Tudo me parece desaparecer e aquela alegria de outrora já não existe, eu apenas me enganei. Melhor, todo o tempo enganaste-me e a ilusão foi mais forte do que tudo o que tivera pensado até então. A minha rua está deserta, foram-se os amigos... tudo se foi!!! Quero chorar, como se o choro ainda servisse de algum consolo.
Estou indeciso, mais do que nunca, mais do que tudo o que possas pensar, do que tudo o que se possa mover...! Não sei mais de mim, esta insatisfação destrói-me e nem consigo mais pronunciar uma palavra ou dirigir-me à tua fronte. Perdi o apetite, a vontade da vida e todos os dias são iguais, exactamente a mesma coisa.
Disse-te todas as coisas e a minha alma está morta de tristeza a ponto que irá ficar apática para todo o sempre. E nesse sempre nunca mais terás a minha presença, apenas memórias fragmentadas. O que resta de mim são fragmentos...

Samuel, o Ventoso - 10.08.2006 - 22:46h

sexta-feira, 28 de julho de 2006

NA ROLETA DAS SITUAÇÕES

Mais uma roda a girar, ou duas... roleta da vida. Fugas sem limite, vozes ao acaso, sem caso, denotando o que não consegue ser, o que tem medo! É melhor ver o espelho, pensar mais um pedaço e depois, se entender que se suicide... Não aborreça os outros e viva a sua vida, faça como eu. Rir, sim, rir todos os dias, gritar a alegria, escrever as minhas poesias, tocar as minhas músicas, depois relaxar ouvindo a bela música. Ficar com quem gosto, com quem gosta de mim, certamente tu e mais ninguém.
Deixo que gritem, que berrem... não dizem nada! Olho para o lado e vejo os homofóbicos frustrados, a armar-se, como se isso contribuisse para a minha felicidade. Se sou gay ou não, nem estou para ai olhando, apenas sei que isso não me preocupa... ser homossexual ou heterossexual é normal, consiste em apenas gostar de pessoas, umas podem ser do mesmo sexo outras não. Jamais seria obrigado a estar com uma pessoa que não gostasse só para agradar as aspirações de uma sociedade ultrapassada. Nem pensar! Eu... hui, jamais. Quero é viver a minha vida à minha maneira, o resto que se lixe! Boa? Vamos cantar, brindar e ser felizes... viva a vida e vivam todos os que sabem agradar.

Samuel, o Ventoso - 28.07.2006 - 02:08h

sábado, 1 de julho de 2006

UM TALVEZ SEM NOME

Uma palavra, duas...
Talvez... ou nada!
Fico no meu espaço
Observo o jogo...
Deixo o meu abraço
Doi-me a alma, é fogo.

Esta insatisfação...
Este ir embora!
É inquietação
Este peso da hora.

Algo estranho
Não sei explicar
Ouço o relato
Sinto-me cansado
Não sei amar...
Encerro o meu fado.

Samuel, o Ventoso - 01.07.2006 - 18:04h

domingo, 25 de junho de 2006

VONTADE PASSAGEIRA


Começou o jogo... desculpa, mas sinto um misto de tristeza! Elevam-se os ânimos, surgem gritos e eu aqui, olhando, pensando, sorrindo, tentando esquecer a realidade que tenho à frente. Hoje disseste não, ficaste sem vontade! Não sei mais o que te dizer, apenas penso e no pensar nada encontro, apenas um vazio mais profundo. Fiquei assim agora, mas sei muito bem porque fiquei assim. Nada posso fazer, não mando na vontade das pessoas, apenas sinto, tenho a minha sensibilidade única e passageira, como as núvens.
Ouço um grito ao fundo, iludo-me e era uma vez o que muito queria... continuam a iludir-me, cada qual à sua maneira. Não sei se tem interesse, nem o que pode ser, nada sei, apenas guardo palavras que escreveste, que ouvi de ti e fiquei aqui. Estou aqui, mas mais uns minutos vou sair, só o tempo necessário de acabar este escrito. Levará o tempo necessário... a bola corre num campo, pessoas gritam e desiquilibrios contornam os meandros da vontade que me assiste. Gente a gritar, muita gente, daqui a pouco sou eu. Eu sou muitas coisas ao mesmo tempo e parece que nunca me defino, apenas sinto. Continuo a sentir e a minha sensibilidade está mais elevada, principalmente hoje. Para me sentir bem, preciso escrever... assisto ao Mundial, fico a torcer por Portugal, para que este possa ganhar, sim ganhar, sabes que sou muito patriota, sempre fui assim e continuo a ser... viva toda esta minha vontade passageira.

Samuel, o Ventoso - Vila Franca de Xira - 25.06.2006 - 20:13h

terça-feira, 13 de junho de 2006

QUASE TUDO SEM O QUASE

Hoje é dia d Santo António... ontem foram as festas do arromba, de corpos a passear e tudo disperso. Eu não fui, fiquei.
Um blog, dois blogs, duas palvavras, dois olhares e dois corpos. É tudo isto e mais aquilo onde te senti desde aquele dia, desde aquela hora sem hora.
Quase tudo sem o quase... falta sempre isso. Falta tanto mais e esse tanto cotribui para um outro olhar, aquele que por vezes s derrama.
Hoje acordei cedo e sem vontade para nada, simplesmente para te dizer o que não sei dizer...
Volto mais tarde, tenho de ir tomar o pequeno almoço. Estou cansado e preciso de uma cama, mas também preciso da tua companhia. Sou sincero, mas tu não me escutas... tu já não sei quem és.

Samuel, o Ventoso - 13.06.2006 - 08:08h

quarta-feira, 31 de maio de 2006

MUDEZ DO NADA



Palavras… um lamento perdido,
Uma folha sem resposta…
Diferença que se apaga
Lágrimas sem guerra
Silêncio que encerra
A repressão… o desejo.

Estou cansado de avanços
Do amor sem eco
Caderno secreto…
De balanços!
Somente eu nesta luta;

Mágoas perdidas… imensas!
Tristeza feliz, alegre
Por saber que já não existes…
Apenas um misto de saudade,
A união dos nomes
De todas as coisas
Estes caracteres, difusos.

Olhar de rochedo… beijo azul!
Solidão do desprezo,
Loucura de metáforas
Espelho ao poente…
Desorientado na morte!
Chegam os sentimentos do profano.

Perdi a vontade… esta!
Correm-me as lágrimas da mentira,
Sigo caminhos trocados
Heresias e veneno
Desbravar vadio, do terreno.

Estou e não estou!
Sozinho no escuro,
No vermelho, no azul…
Colado no chão,
Completamente ateu,
Ouvindo a tua música.

Falo-te no silêncio!
Não me sabes escutar…
Tenho os tons da ausência
A mudez do nada,
Este abrigo inexistente.

Samuel, o Ventoso - 30.05.2006 – 20:37h