sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

HORAS SEM NOME

Horas sem nome, com nome ou sem nome... é no nome em que me encontro para te dizer o que ainda não disse, porque não tinha o respectivo nome e a rua dos nomes foi desviada, levada para outro local, por alguém que quis roubar o impulso vital, o que não era permitido pelos deuses. Aconteceu!... Acontecem muitas situações logo ao passar na outra rua.
A vida é mesmo assim, uma estranheza constante... em que por vezes alguém desvia o que não é seu, apenas por gozo interior, o gozo que não entendo. Esse gozo por vezes é tomado pelo uso da má língua, deformando a verdadeira realidade. Roubas tudo e no tempo continuas sem nada... eu, continuo no tempo para ficar a teu lado, sem lado algum, agora sem nome, mas entre as fronteiras, anotando horas sem nome.
Tal como te disse naquele dia, o novo caminho faz-se caminhando, mudando as cores, desbravando sentidos fechados, fechando outros que não interessam... faz-se com empenho aquilo para o qual se tende, ainda que alguns se aproveitem nos nomes sem nome, como foi o caso da "Rua dos Nomes"! Sim, foi logo a seguir ao seu cancelamento. Este é o novo restauro em epígrafe! Agora, são horas sem nome, talvez mergulhado no verdadeiro silêncio inquietante, aquele que faz pensar, pelo qual se escreve, pelo qual a vida toma outro sentido entre tantos sentidos ao acaso. Horas sem nome entre a fronteira do desconhecido para conheceres algo mais profundo, o que guardo para ti... ainda que o silêncio tome o teu percurso.

Porto, 15 de Dezembro de 2006 - 19:31h
Samuel, o Ventoso

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