quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

PERANTE A NOITE QUE SE SERVE

Na rua dos nomes acontece coisas mesmo sem nome...
Parado perante os escritos, perante a noite, apenas observando e escrevendo. Apenas isso porque o resto nada serve colocar para fora e ligar para quem quer que seja, pouco adianta, as desculpas e os pretextos são aos montes e pouco me agradam. Nada mais serve para nada quando as vontades não ajudam ou apenas servem para o que não interessa. Agora diz que é mentira... já percebi o filme todo.
Na rua de nomes, mas sem o nome, sem aquilo que ficou lá! Pois... é tarde, já muito tarde e ainda sem sono. Depois das conversas fiquei assim e precisava dizer aquilo que não vou dizer. Sim, não digo... terei de reconduzir para outro espaço. É verdade! É mesmo assim... entendi hoje que é mesmo assim. É bom dizer aquilo que desejam que se diga e não dizer a outra coisa. Mesmo assim, e desta maneira... vou para outro lado então e dar uma volta de carro pela noite para ver as estrelas, mesmo entre a chuva e as outras situações.
A rua está cheia de água e as pessoas acolheram todas em casa e eu estou fora de prazo de validade. É um facto... melhor não dizer mais nada porque se o disser a chuva começa a cair torrencialente. Já percebi que é mesmo assim. Não vou dizer mais nada nem pedir o quer que seja, nem pedir para ires tomar café comigo. Não estou para mais essas atitudes insensíveis... pois pessoas dessa forma não faltam, é o que mais existe com fartura.

Porto, 06 de Dezembro de 2006 - 02:34h
Samuel, o Ventoso

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