domingo, 10 de dezembro de 2006

GOTA DE SAUDADE E DOR

A tua ausência transporta-me para lugares do desespero e da saudade...

Uma gota, uma saudade
Uma verdade sem nome...
Uma gota que caiu sobre mim,
Neste chão, com o sangue da alma.

De uma só vez, em duas vezes,
O nada que solidificou...
Deixou a ausência de tudo
Aquilo cujo entendimento escapa.

Meus braços, partes de mim,
Envolvem o labirinto...
Das coisas todas de ausência
Aos pontos que não consigo focar...
Este mundo estranho, oculto
Isso onde mergulhas, onde resides
Talvez o teu nada, essa dor
A dor que se transforma...
Numa rosa caida, na terra do amor.

Porto, 10 de Dezembro de 2006 - 08:02h
Samuel, o Ventoso

P.S. Com interesse por este espaço oculto . Hoje um pedaço cansado por este tempo, por esta quadra de natal, pelas montras, pelas músicas e por todas as fachadas que observo do decurso destes tempos. Confesso que tudo isto repugna-me, transportando-me para outros horizontes, desenquadrados de toda esta estrutura. Estes muros festivos, materialistas, destituído dos bons princípios são apenas barrocas tradições que tentam misturar a verdade e a mentira, aproveitando as boas intenções e os corações amolecidos para assim, explorar o zé povinho; este que anda sempre pronto para os festejos da rua e da filosofia da treta, os tais ditos modelos arcaicos. Olho a tudo isto e vejo que não possuo indentificação com tais situações, mas infelizmente estou numa sociedade que não escolhi... e fica mal algumas coisas... não tenho culpa de ser assim. Sou o que sou não sendo o que sou! Depois falamos, quando houver oportunidade e se esta possuir enquadramento possível. Nada de conclusões precipitadas...

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