sábado, 16 de dezembro de 2006

MOMENTOS DO TEU NOME

Nas palavras encetadas do encontro perfeito, celebrei uma vez mais a perfeição, recortando da memória as cinzas do passado! Recortando sim, porque todo o resto é por breve passagem... Aquela fogueira foi elevada, a mesa coberta de presentes, tu foste o maior, tomaste todo o meu ser e nele hoje outras coisas pude ver! Fogo excelente depois do momento da breve noite, depois de ter ido passear e olhar-te profundamente, depois de ter tocado os livros da montra, de me ter enchido das tuas palavras, uma a uma... Confesso que são belas, bonitas, depois de te ter dito aquilo, tão docente! Fizeste a leitura, bebeste do meu ser, tornaste a ler-me e a adormecer. Palavras que encheram o meu coração, em profundidade, com o rigor, a amizade e aquele vendaval da saudade esfoliado ao acaso. Isso e tanto mais. Por vezes mudas e mudas assim repentinamente que me fazes pensar, deixas-me fora de mim, sem palavras e sem saber como agir. Sempre fazes desde aquele dia, desde aquele olhar, desde aquela atitude... desde tudo aquilo que não tem nome. O nada de um duplo nada, apenas para me arreliar. Seja como for, apenas tem o teu nome... espero que tenhas entendido a minha mensagem. Sim, porque a outra que te enviei não teve resposta, é por isso que ainda que possa acreditar em ti, fico com um pé atrás e outro à frente e sem vontade para lutar por o que me apresentas. Apenas fico quieto no tempo, esperando e desesperando. Nada tens de diferente, eu é que quis ver o que na realidade não existia. Bem... o tempo ensinará com o seu método. Agora pensa pela tua cabeça, faz um exame de consciência, acaso tenhas, porque em abono da verdade nunca tens.

Porto, 16 de Dezembro de 2006 - 23:58h
Samuel, o Ventoso

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